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Brandão diz que Flávio Dino acertou ao ir à CCJ da Câmara

Repercussão de ida do ministro da Justiça à Câmara Federal na tarde de ontem foi positiva.

Ronaldo Rocha / Ipolítica

Carlos Brandão avaliou a ida de Flávio Dino à CCJ da Câmara
Carlos Brandão avaliou a ida de Flávio Dino à CCJ da Câmara (Paulo Soares /Grupo Mirante)

SÃO LUÍS - O governador Carlos Brandão (PSB) afirmou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB) acertou ao ir à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal, na tarde de ontem (28). 

A ida de Dino ganhou repercussão nacional, depois de ele ter respondido com uma “piada” a uma afirmação feita pelo deputado oposicionista André Fernandes, e comparado a convicção do parlamentar à de quem acredita que a 'terra é plana'.

A análise de aliados é de que Flávio Dino “atropelou” adversários durante a audiência. Nas imagens, é possível observar Dino à vontade e seguro em relação aos temas debatidos.

“O ministro Flávio Dino foi assertivo em sua ida à CCJ. Oportunidade em que apresentou um balanço do trabalho, reforçou a defesa da democracia e dos que mais precisam. Ato que atesta a disponibilidade do governo em dialogar com o parlamento, independentemente de lado político”, avaliou o governador do Maranhão

Complexo da Maré

Durante a audiência, Dino considerou “esdrúxulo” terem apontado relação do Governo do PT com o crime organizado e repudiou questionamentos a respeito de ele ter ido a uma favela do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. 

O socialista entrou com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra cinco deputados e dois senadores de oposição, que sugeriram que o ministro teria feito algum tipo de acordo com facções para não ser incomodado durante a passagem pelo local.

Segundo ele, em campanhas eleitorais todos os que o questionaram na CCJ também frequentam comunidades. Para o ministro, as falas recentes denotam "preconceito contra as pessoas mais pobres do país”.

“Eu digo que é esdrúxulo porque todas as senhoras e os senhores, sem exceção, e eu também, quando chega a campanha eleitoral, todo mundo lembra de ir nas favelas e nas periferias, e ninguém pergunta se ali há crime organizado, ou não. Mas agora o que se verifica? A tentativa vil de criminalizar não o ministro da Justiça, de criminalizar aquela população, e com isso eu não posso concordar, em relação às pessoas indefesas, como se fossem todos criminosos, e não são. Isso é um preconceito contra as pessoas mais pobres do país, preconceito contra quem mora em bairro popular. E eu tenho a obrigação, como ministro da Justiça e Segurança Pública, de reagir contra este ataque a essas pessoas, cidadãos e cidadãs do nosso país”, declarou.

O titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou, ainda, que já recebeu outros convites para visitar comunidades, e que os aceitou - e aceitará tantos quantos receber.

“Recebi o convite e quero dizer que já recebi outros. E quero aproveitar esta egrégia Câmara para dizer que espero outros tantos. E a todos os convites similares que receber, irei, porque não é favor, é dever, e não sou traidor dos meus compromissos com a sociedade”, completou.

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