Em audiência

Flávio Dino diz que é “esdrúxulo" apontar elo de vista à Maré com apoio do PCC

Ministro da Justiça e Segurança Pública foi questionado sobre o tema na CCJ.

Gilberto Léda/ipolítica

Atualizada em 28/03/2023 às 21h36
Dino conversa com Eduardo Bolsonaro, um dos que o acusaram de elo com PCC, após audiência na CCJ
Dino conversa com Eduardo Bolsonaro, um dos que o acusaram de elo com PCC, após audiência na CCJ (Lula Marques/ Agência Brasil)

BRASÍLIA - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), reagiu nesta terça-feira (28), ao participar de audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, às críticas que tem recebido por haver visitado uma comunidade do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, sem escolta policial reforçada, na semana passada.

Questionado sobre o assunto mais de uma vez, ele considerou “esdrúxulo" apontar que o fato de ele haver visitado o local teria alguma relação com ligação do governo Lula (PT) com o crime organizado.

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Flávio Dino entrou com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra cinco deputados e dois senadores de oposição, que sugeriram que o ministro teria feito algum tipo de acordo com facções para não ser incomodado durante a passagem pelo local.

Segundo ele, em campanhas eleitorais todos os que o questionaram na CCJ também frequentam comunidades. Para o ministro, as falas recentes denotam "preconceito contra as pessoas mais pobres do país”.

“Eu digo que é esdrúxulo porque todas as senhoras e os senhores, sem exceção, e eu também, quando chega a campanha eleitoral, todo mundo lembra de ir nas favelas e nas periferias, e ninguém pergunta se ali há crime organizado, ou não. Mas agora o que se verifica? A tentativa vil de criminalizar não o ministro da Justiça, de criminalizar aquela população, e com isso eu não posso concordar, em relação às pessoas indefesas, como se fossem todos criminosos, e não são. Isso é um preconceito contra as pessoas mais pobres do país, preconceito contra quem mora em bairro popular. E eu tenho a obrigação, como ministro da Justiça e Segurança Pública, de reagir contra este ataque a essas pessoas, cidadãos e cidadãs do nosso país”, declarou.

O titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou, ainda, que já recebeu outros convites para visitar comunidades, e que os aceitou - e aceitará tantos quantos receber.

“Recebi o convite e quero dizer que já recebi outros. E quero aproveitar esta egrégia Câmara para dizer que espero outros tantos. E a todos os convites similares que receber, irei, porque não é favor, é dever, e não sou traidor dos meus compromissos com a sociedade”, completou.

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