Em meio a greve, escola militar pede contribuição financeira para contratar professores
Com professores da rede estadual de ensino paralisados, direção de escola militar pede R$ 60 aos pais dos alunos para garantir aulas.
SÃO LUÍS - Já são mais de 15 dias de greve dos professores da rede estadual de ensino e não há previsão para o fim da paralisação. São três propostas do governo, várias rodadas de negociação e nenhum consenso até o momento.
Com isto, a direção de escolas decidiu solicitar “de forma voluntária” aos pais de alunos que cada um contribua com R$ 60,00 para que professores particulares sejam contratados.
À coluna o secretário de Educação Felipe Camarão disse ser um absurdo e que mandará parar este pedido de taxa.
Mas, para além da ilegalidade do pedido, muitos pais querem contribuir e tentar amenizar o prejuízo dos filhos.
Isto poderia ser evitado com bom senso por parte dos professores estaduais. Três propostas e a categoria se mantém irredutível. Os docentes querem 14,95% e o governo oferece 11%. O debate sobre o vencimento dos professores - se é acima do piso ou se não é - é cansativo e parece ser o maior impasse no debate.
Afinal, a Gratificação por Atividade de Magistério (GAM) deve ser tratada de que forma? Como vencimento? Como gratificação somente?
Se os professores se mantém no impasse e irredutível, o governo estadual poderia encerrar este debate sobre vencimento base e vencimento total incorporando a GAM. Isto garantiria o Maranhão pagando o salário dos professores acima do piso.
Mas o porquê não faz? Porque se assim fizer, quando tiver promoções e progressões serão acima de um dos "maiores salários de professores do Brasil".
O fato é que caberá à Justiça encerrar a greve. Por este meio já há decisões considerando a paralisação ilegal e até bloqueando recursos do Sindicato dos Professores Estadual (Simproessema)para pagamento das multas aplicadas.
Enquanto os dois lados esticam a corda o máximo que podem, os alunos estão no prejuízo e os pais sendo acionados para pagar por algo que é público.
Punição
Sobre as decisões judiciais, o governo já estuda a possibilidade de aplicação de sanções aos professores que estão de braços cruzados.
O corte de pontos é uma destas possibilidades. Talvez o ato possa levar parte da categoria de volta às salas de aula.
No entanto, ficará o desgaste para o governo estadual que não conseguiu acabar com a greve sem o diálogo tão defendido.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), informa que notificou a gestão da escola por se tratar de uma decisão ilegal e determinou que não seja cobrada qualquer tipo de taxa com a finalidade de contratar professor.
A Seduc esclarece, também, que está tomando todos os meios legais e mantém aberto o diálogo com o Sindicato da categoria de professores, no sentido de encerrar o movimento grevista.
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