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Flávio Dino prega prudência em caso de 'relação' entre ministra e miliciano

Questionado sobre o tema, Dino afirmou que uma foto não prova relação colega com criminoso do Rio de Janeiro.

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Flávio Dino minimizou relação entre ministra e miliciano do Rio de Janeiro
Flávio Dino minimizou relação entre ministra e miliciano do Rio de Janeiro (Foto: Walter Campanato/Agência Brasil)

SÃO LUÍS - O ex-governador do Maranhão e ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), pregou prudência a respeito do caso que trata de suposta relação entre a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil) com milicianos.

Dino afirmou que está “tomando conhecimento” do caso, disse que no momento não há nada que prove relação da ministra com criminosos e pediu cautela da imprensa na abordagem do tema. 

No início da semana, reportagem do jornal Folha de S. Paulo mostrou que o grupo político da ministra e de seu marido, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho (União Brasil), mantém há ao menos 4 anos vínculos com a família do ex-PM Juracy Alves Prudêncio, o Jura, condenado e preso sob acusação de chefiar uma milícia na Baixada Fluminense.

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A agora ministra do Turismo recebeu o apoio da ex-vereadora Giane Prudêncio, mulher de Jura, nas eleições de 2018 e no ano passado. De acordo com a reportagem, o miliciano Jura também se envolveu de forma efetiva na campanha de Daniela há 4 anos, quando cumpria as condenações por homicídio e associação criminosa em regime semiaberto.

Em 2018, por exemplo, o criminoso considerado pela polícia como o chefe do chamado “Bonde do Jura”, estava nas ruas após ser nomeado, em junho de 2017, como assessor de uma secretaria da Prefeitura de Belford Roxo, comandada por Waguinho. O emprego lhe garantiu o benefício de trabalhar fora da cadeia.

“Eu estou tomando conhecimento desse fato agora, realmente eu não vi nada sobre isso. Acho que pela sua pergunta nós não temos ainda elementos que possam extrair que uma foto revele ligação com a milícia. É preciso ir com calma, como eu tenho tido prudência ao longo da minha vida e, inclusive, nesse diálogo com vocês aqui”, disse Flávio Dino.

E prosseguiu: “A bem da verdade, políticas e políticos do Brasil, principalmente em momentos eleitorais, e, hoje, nesses dias de celular, têm fotos com todo mundo. O fato de ter uma foto com A, B ou C não significa ter ligação com as atividades eventualmente ilegais dessas mesmas pessoas. Eu penso que é possível, que é necessário a própria imprensa esclarecer melhor isso. Mas, até aqui, pelo que eu vi pela sua pergunta, se é uma foto não dá para jogar por foto”, finalizou.

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