Família faz 'vaquinha virtual' para transferir de São Luís para São Paulo maranhense com quadro de encefalite cerebral
Internado no Hospital Presidente Dutra, em São Luís, a família tenta arrecadar a quantia de R$ 150 mil para realizar a transferência do jovem em uma UTI aérea.
SÃO LUÍS - A família do maranhense Geovane Ferreira da Silva, de 27 anos, que está internado em São Luís com um quadro de Encefalite Necrotizante Cerebral, está fazendo uma 'vaquinha virtual' com o objetivo de arrecadar a quantia de R$ 150 mil para realizar a transferência dele para a cidade de Hortolândia, em São Paulo, onde o jovem deve continuar o tratamento de saúde ao lado do restante da família.
Natural de Zé Doca, a 302 km de São Luís, Geovane Ferreira mora em São Luís desde 2017 quando foi aprovado para cursar Ciências Biológicas, no campus do Bacanga, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Porém, a família do maranhense mora em Hortolândia, no interior paulista.
Antes de descobrir a doença, o universitário morava sozinho em São Luís. Com o diagnóstico, a irmã dele, Vera Lúcia Ferreira, que mora em São Paulo, veio para a capital maranhense acompanhar o irmão durante seu tratamento.
Vera conta que não tem mais condições de ficar cuidando do irmão sem o suporte da família, em São Luís. Por isso, fez uma 'vaquinha virtual' para conseguir contratar uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea e levar o irmão de volta para casa. A transferência, segundo ela, custa em torno de R$ 138 a 150 mil e até o momento, mais de R$ 9 mil já foi arrecadado.
"Nós não moramos no estado e fica inviável os custos de viagem. Não temos mais disposição para ficar em São Luís com ele e por conta do trabalho, está impossível ficar aqui no Maranhão. Em Hortolândia, vou poder dar todo apoio ao meu irmão e ficar perto nossa família", disse Vera Lúcia.
Sintomas e diagnóstico
Geovane sentiu os primeiros sintomas da doença em novembro de 2022, quando procurou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) após sentir formigamento nas pernas, dores de cabeça e um quadro de confusão mental. Exames médicos constataram que ele estava com uma hemorragia cerebral.
Vera Lúcia conta que, em menos de 24 horas após o primeiro diagnóstico, Geovane perdeu todos os movimentos do corpo. Com uma piora no quadro de saúde, ela foi transferido para o Hospital Presidente Dutra, também na capital maranhense, onde permanece internado.
"Os médicos perceberam que ele tinha vários pontos de hemorragia e eu já vim de Hortolândia para cá, porque já fiquei preocupada, porque disseram que ele estava internado e havia apresentado uma disfunção renal", conta Vera Lúcia.
Durante o período em que estava hospitalizado, Geovane precisou ser internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e entubado. Novos exames constataram que o jovem estava com um quadro grave de Encefalite Necrotizante Cerebral.
Segundo Vera Lúcia, Geovane não está mais internado na UTI, mas não tem reagido a nenhum estímulo. A irmã do jovem maranhense também conta que os médicos afirmam que ele possui sequelas neurológicas graves e que podem ser irreversíveis.
"A situação dele agora é estável, as lesões estão controladas, mas os médicos não sabem, por conta das lesões, que foram atingidos e são pontos importantes", disse Vera Lúcia.
Ainda segundo a irmã de Geovane, o Hospital Universitário deu todo o suporte para conseguir a transferência do maranhense para São Paulo. A equipe, inclusive, chegou a tentar encaixar o paciente na modalidade Tratamento Fora do Domicílio (TFD), que poderia ser custeado pelo Estado, mas não conseguiu, devido ao fato dele residir na capital maranhense.
Clique no site da vaquinha on-line para doar e contribuir com o custo do translado de Geovane para São Paulo.
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