Expectativa

Pesquisadores levam telescópio à Litorânea para observar lançamento de foguete sul-coreano em Alcântara

Lançamento do foguete sul-coreano Hanbit-TLV no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) estava previsto para as 6h.

Imirante.com

Atualizada em 21/12/2022 às 09h04
Expectativa grande pelo lançamento do foguete sul-coreano em Alcântara. (Foto: Paulo Soares/Grupo Mirante)
Expectativa grande pelo lançamento do foguete sul-coreano em Alcântara. (Foto: Paulo Soares/Grupo Mirante)

SÃO LUÍS - O lançamento do foguete sul-coreano Hanbit-TLV no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), que estava previsto para as 6h desta quarta-feira (21), está sendo bastante aguardado. Pesquisadores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) observam e esperam por qualquer sinal de lançamento por meio de um telescópio montado na Praça do pescador, na Litorânea, em São Luís.

O professor Antônio Oliveira, doutor em Física, é quem está à frente do projeto científico. Por volta das 6h15 foi observada uma saída de fumaça da base de Alcântara, mas sem lançamento até o momento.

Professor e pesquisador Antônio Oliveira acompanha tentativa de lançamento. (Foto: Paulo Soares/Grupo Mirante)
Professor e pesquisador Antônio Oliveira acompanha tentativa de lançamento. (Foto: Paulo Soares/Grupo Mirante)

O lançamento do foguete Hanbit-TLV poderá ser visto a olho nu também em São Luís. O melhor lugar para observar o evento é o litoral, da Praia de São Marcos até a Praia da Raposa, que ficam mais próximas do CLA.

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Inicialmente, o lançamento do foguete Hanbit-TLV estava previsto para segunda-feira (19), mas foi suspenso por causa das condições meteorológicas que não estavam favoráveis. A segunda tentativa seria nesta terça-feira (20), porém, foi adiada após a revisão de uma válvula do foguete, a pedido da Innospace, empresa privada sul-coreana responsável pelo lançamento em Alcântara.

Imagens tiradas a partir da litorânea por meio de telescópio. (Foto: Divulgação/Projeto Ilha da Ciência ECF UFMA)
Imagens tiradas a partir da litorânea por meio de telescópio. (Foto: Divulgação/Projeto Ilha da Ciência ECF UFMA)

Caso o foguete Hanbit-TLV não seja lançado na terceira tentativa, a Innospace e a Agência Espacial Brasileira só definirão uma nova data em 2023.

Operação Astrolábio

Além de testar o funcionamento do foguete Hanbit-TLV, que é um lançador de satélites, a Operação Astrolábio leva ao espaço o Sistema de Navegação Inercial (Sisnav), desenvolvido por militares brasileiros com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Agência Espacial Brasileira (AEB), vinculadas ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação.

A Finep apoiou o desenvolvimento do Sisnav com recursos de quase R$ 40 milhões, destinados à Força Aérea Brasileira (FAB), em projetos executados entre os anos de 2005 e 2016.

De acordo com a pasta, o Sisnav é um experimento nacional para a navegação autônoma de foguetes, desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço, da Força Aérea Brasileira (FAB), dentro do projeto Sistema de Navegação e Controle (Sisnac). A tecnologia fará parte do Veículo Lançador de Microsatélites (VLM).

“Com o lançamento, serão obtidos dados de voo que avaliam como o sistema se comportou em condições específicas de temperatura e pressão. Não haverá operação de resgate, pois os dados de voo serão coletados por telemetria. A carga útil pesa 20 quilos”, explicou o ministério, em comunicado. Será a primeira oportunidade de avaliar o comportamento da tecnologia em ambiente real de voo.

Todas as peças e equipamentos do foguete foram trazidos da Coreia do Sul e chegaram à cidade de Alcântara, no início de dezembro, cerca de 8 toneladas de componentes. “O sucesso da operação de lançamento vai demonstrar a capacidade nacional para lançamentos espaciais, gerar ganho de experiência para as equipes e inserção do país no mercado internacional”, destacou o Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação.

Acordo de Salvaguardas Tecnológicas

O uso do Centro de Lançamento de Alcântara por empresas privadas e a retomada do Programa Espacial Brasileiro foi possível após a aprovação, pelo Congresso Nacional, do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas entre o Brasil e os Estados Unidos. A medida entrou em vigor em dezembro de 2019.

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