Inovação e tecnologia

Sesi-MA realiza projeto de robótica gratuito para estudantes de escolas públicas de cidades maranhenses

O Projeto de Robótica Prototipando Sonhos utiliza a unidade móvel de robótica para levar a metodologia do SESI-MA para alunos da rede pública de ensino no Maranhão.

Publipost / Fiema

Atualizada em 16/12/2022 às 11h26

SÃO LUÍS - Assim que a palavra robô foi usada pela primeira vez na década de 1920, a robótica se tornou um campo de conhecimento restrito a inventores, cientistas matemáticos e engenheiros. Com o desenvolvimento de softwares mais amigáveis no fim dos anos 1960, essa área do conhecimento extrapolou os limites da ciência experimental e aplicações tecnológicas e se expandiu para a pedagogia e a educação. 

Tal avanço se mostrou extraordinário ao expor um novo caminho para se estimular o ensino de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes, Design e Matemática para crianças e adolescentes. Ao desenvolverem atividades de montagem de robôs e sistemas automatizados, nos mais variados graus de complexidade, os estudantes não apenas têm estimuladas aptidões no campo das ciências exatas como desenvolvem aspectos como empatia, trabalho em grupo, comprometimento e liderança, entre outras habilidades.

No Brasil, o Serviço Social da Industria (Sesi) tornou-se referência no uso da robótica na educação. Tal relevância foi alcançada por meio de uma parceria com a principal entidade promotora da robótica educacional no mundo, a americana First, fundada em 1989, com atuação em mais de 100 países e mais de 2,5 milhões de alunos envolvidos em seus programas e competições.

Em terras brasileiras, o SESI é operador oficial dos torneios de robótica da First nas categorias First Lego League Challenge (FLL) e First Tech Challenge (FTC) e fomenta a prática na própria rede de escolas e em outras instituições de ensino, públicas e privadas. Além disso, os estudantes do Sesi também participam das competições internacionais da FIRST Robotics Competition (FRC). 

Estudo realizado pelo Sesi com 2.500 alunos que têm a disciplina “robótica” inserida no currículo escolar – ilustra o impacto positivo no processo de aprendizado. O trabalho mostra, por exemplo, ganhos de desempenho de 6,4% em matemática, de 5% em ciências humanas e sociais e 4,5% em linguagem na comparação com estudantes que não têm a robótica na grade curricular. Os ganhos se desdobram, ainda, para as chamadas “soft skills”. 

Agora toda expertise do Sesi com a robótica educacional chega “literalmente rodando” a alunos das redes públicas de ensino de municípios como Paço do Lumiar, Rosário, Lagoa Grande e Icatu, por meio da nova unidade móvel (caminhão transformado em sala de aula) de Robótica do Sesi-MA que materializa o projeto “A Robótica Prototipando Sonhos”. Estudantes de escolas públicas e comunitárias são incentivados a estudarem pela metodologia em que a rede Sesi de ensino é referência. O projeto é desenvolvido em itinerância pelos municípios maranhenses, levando as ferramentas de robótica para que crianças e adolescentes se tornem mais produtivos, inovadores e construtores de soluções para a sociedade. 

O superintendente regional do Sesi-MA, Diogo Lima, explicou que o desafio do projeto é difundir a metodologia da robótica e fortalecer a cultura maker no estado. Com o caminhão da unidade móvel de robótica a ideia é possibilitar o acesso à robótica para essas comunidades que dificilmente conseguem ter essa experiência.

“A Prefeitura de Rosário já tem o projeto de robótica funcionando em suas escolas e agora vamos aproximar esses alunos da robótica Lego que é praticada no Sesi. Por meio do apadrinhamento das escolas públicas de Rosário vamos oportunizar uma participação desses alunos e isso será muito empolgante no nosso campeonato. Essa é uma forma de colaboração efetiva com a educação de transformação da vida desses alunos”, afirmou Diogo. 

“Quero agradecer essa parceria consolidada com o Sesi-MA e dizer que nós estamos aqui para competir e ganhar. Entendo que a robótica, além de transformação de vidas, serve no nosso cotidiano para a resolução de problemas difíceis, que tornam as crianças mais dinâmicas e participativas em nossa sociedade. Estou bastante positiva com a participação dos alunos rosarienses no torneio regional de robótica!”, declarou a secretária de educação do município de Rosário, Lícia Calvet.

A secretária adjunta de ciência e tecnologia de Rosário, Sylmara Silva, disse que muitos alunos queriam fazer parte do projeto e que em novas oportunidades mais estudantes serão contemplados. “Nossas crianças e jovens estão absurdamente encantados como projeto. Estamos muito felizes por essa parceria que dá essa grande oportunidade para os nossos alunos realizarem seus sonhos pela robótica!” 

Metodologia do projeto - As oficinas de robótica funcionam com 12h semanais de modo itinerante, atendendo a um cronograma previamente organizado. As equipes são definidas pelas escolas apadrinhadas e validadas pelo Sesi-MA durante as oficinas no caminhão da Robótica Itinerante.

Um professor e um assistente técnico fazem parte da equipe de profissionais que compõe o projeto. O caminhão de robótica itinerante é composto de cinco maletas SPIKE (principal); cinco maletas SPIKE (adicionais); um tapete de competição; dez notebooks; bancadas com cadeiras para dez lugares; uma TV de 50 polegadas e armários. 

Até o momento já foram capacitados 42 alunos e 8 professores da rede pública das cidades visitadas pela unidade móvel que ao longo de 3 dias de formação em montagem, programação e regras de torneio, já montaram 7 equipes que participarão da etapa estadual do torneio em 2023.

A robótica educacional é um método de aprendizagem focado na pesquisa, descoberta e construção de uma máquina como produto da obtenção de conhecimentos. Para ser desenvolvido, ele depende do uso de kits prontos de montagem ou transformação de outros materiais, como sucata e itens recicláveis para compor as peças do robô.

Na rede SESI de ensino a construção de robôs integra a grade curricular e tem o poder de transformar o processo de aprendizagem, tornando as aulas mais divertidas e atrativas, despertando os alunos para o campo científico de um jeito simples, partindo de problemas do cotidiano para mostrar o funcionamento de dispositivos tecnológicos. 

“A proposta é simples: pesquisar, descobrir e construir máquinas capazes de receber comandos e executar determinadas tarefas, compreendendo o papel e a importância de cada parte do robô, incluindo motores, sensores e mecanismos, pois o aluno não se contenta mais em ser apenas um mero espectador, ele quer participar, quer criar, quer resolver. Com esse método, ele assume o protagonismo tão essencial para potencializar o aprendizado”, explica a assessora do Sesi-MA, Elayne Brito. 

O projeto já contempla seis municípios: Paço do Lumiar, Rosário, Icatu, Matinha, Lagoa Grande e Santo Antônio dos Lopes. É importante destacar também que em Matinha foi em parceria com Sebrae e Santo Antônio dos Lopes foi em parceria com a Eneva.

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