Desenvolvimento

Inovação e tecnologia são caminhos para a indústria maranhense

Na busca por um desenvolvimento industrial mais robusto, o Maranhão enfrenta desafios significativos, mas também oportunidades promissoras.

Publipost / Fiema

Edilson Baldez, presidente da FIEMA.
Edilson Baldez, presidente da FIEMA. (Foto: Divulgação / Fiema)

MARANHÃO Para entender melhor o cenário atual e as perspectivas futuras, conversamos com Edilson Baldez, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA). Baldez compartilha sua visão sobre o papel da indústria no crescimento econômico do estado, os entraves que precisam ser superados e a importância de iniciativas como a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) e a exploração da margem equatorial.

Além disso, ele destaca a relevância da formação de mão de obra e da inovação tecnológica como pilares para o avanço do setor. 

O Maranhão ainda não é um estado que se destaca industrialmente no Brasil. Qual o patamar do estado hoje, nacionalmente falando, em termos industriais?

Edilson Baldez - Ainda não estamos em destaque, mas estamos trabalhando muito nesse sentido, comprometidos com o desenvolvimento do Maranhão por meio do desenvolvimento da indústria. Para isso temos investimos muito na formação da mão de obra e discutimos com o poder público sobre a segurança jurídica que os empresários precisam para investir no Maranhão. Isso é um problema nacional, mas que está bem acentuado no estado. 

Qual o papel da FIEMA no desenvolvimento do setor industrial aqui no Maranhão?

Edilson Baldez - O papel principal é a formação da mão de obra, que é feita pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Temos o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), que trabalha para que as empresas sejam mais competitivas e integrem as universidades às empresas. Já o Serviço Social da Indústria (SESI) atua fortemente nas áreas de educação e saúde. Já a FIEMA faz a intermediação e coordena os empresários para que invistam massivamente em tecnologia e inovação, o novo caminho para o desenvolvimento.

Quais são os principais entraves para o avanço da indústria no Maranhão?

Edilson Baldez - O primeiro entrave é a segurança jurídica e a confiança política, pois as regras mudam frequentemente no estado e no país. Além disso, as altas taxas de juros, como a Selic, dificultam a viabilidade dos negócios. Outro ponto importante é o adensamento das cadeias produtivas, pois exportamos muitos commodities, mas deveríamos industrializar mais para criar emprego e renda.

Qual a importância da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) para a indústria do Maranhão?

Edilson Baldez - A ZPE é muito importante e já é uma realidade, dependendo de pequenos entraves como a liberação do terreno e a escolha das empresas investidoras. Muitas empresas estão interessadas, em função da infraestrutura, como a malha viária e o porto do Itaqui, que facilita as exportações. A instalação das empresas na ZPE deve gerar mais de 30 mil empregos. A região de Balsas, por exemplo, tem se desenvolvido muito, impulsionada pela implantação da empresa INPASA, que transforma milho em biocombustível. Imagina os resultados com a Zona de Processamento de Exportação abrigando várias empresas. 

Qual a importância da exploração da margem equatorial, o novo pré-sal, para a indústria do Maranhão?

Edilson Baldez - É muito importante para o Maranhão e para toda a região norte do Brasil. A exploração do petróleo traz transformação e desenvolvimento, garantindo melhoria da qualidade de vida devido aos royalties distribuídos na região. Apesar da transição para energia limpa, o consumo de energia fóssil ainda aumentará, e a exploração é inevitável para muitos países, incluindo o Brasil.

Gostaria de deixar uma mensagem para os empresários e para o setor industrial?

Edilson Baldez - Parabenizo todos os desbravadores, trabalhadores e empresários da indústria maranhense. Nosso dia é 25 de maio, Dia da Indústria, em homenagem a Roberto Simonsen, patrono da indústria brasileira, que foi presidente da FIESP e da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Quero agradecer a todos esses gigantes que fazem a indústria do Maranhão.

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