Última chance?

Eduardo Leite é escolhido para frear extinção do PSDB

Partido, que já foi o maior do Brasil, aposta suas fichas em governador gaúcho para impedir desaparecimento

José Linhares Jr

Atualizada em 30/11/2022 às 15h53
Eduardo leite deverá assumir responsabilidade de reerguer o PSDB no cenário partidário atual
Eduardo leite deverá assumir responsabilidade de reerguer o PSDB no cenário partidário atual (Divulgação)

BRASÍLIA - A cúpula do PSDB decidiu nomear o governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, presidente nacional da legenda em 2023. O anúncio foi feito na noite desta terça-feira (29). Leite deve assumir o lugar de Bruno Araújo. Na semana que vem, os dois devem reunir-se detalhar a mudança.

O mandato de Araújo deveria terminar apenas em junho de 2023, mas a executiva optou pela aprovação da antecipação desse calendário para permitir a eleição de uma nova direção para a legenda.

Leite assume aquele que já foi o maior partido do Brasil em sua pior crise. Este ano marcou a primeira vez em que a legenda não lançou candidato à Presidência vez desde a redemocratização do país. O partido perdeu 9 deputados federais e viu diminuir sua bancada de 22 para 13 parlamentares na Câmara Federal. No Senado, o partido terá apenas quatro representantes.

Também será a primeira vez em décadas que o estado mais rico da federação, São Paulo, não será governado por um tucano eleito.

A situação dramática do partido fez a legenda recorrer a uma composição em federação com o Cidadania, as duas legendas conseguiram eleger 18 parlamentares. 

Lideranças do PSDB acreditam que o gaúcho pode ser a última esperança do partido para frear um processo de extinção e tocar um projeto de renovação. Ainda no ano passado, ele foi incentivado por esse grupo a lançar uma candidatura à Presidência da República.

Além da substituição de Araújo, os tucanos precisarão decidir se toda a cúpula do partido vai renunciar a seus cargos para que Leite possa indicar nomes de sua confiança nos postos mais relevantes. A tendência é que ele abra espaço para outros integrantes de peso da sigla.

Leite não deve assumir o comando do PSDB de maneira imediata porque está trabalhando na montagem de seu governo. A ideia é que ele passe a se dedicar às atividades do partido depois da posse e das primeiras semanas de gestão.

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