BRASIL - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estendeu até o início de dezembro os trabalhos da comissão especial que discute as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis e as formas de compensação pelas perdas de arrecadação tributária.
Inicialmente, os trabalhos seriam encerrados na semana passada, mas foram prorrogados com a sinalização de que pode ser costurada uma proposta de consenso. Os estados devem apresentar nos próximos dias uma proposta para definir a compensação das perdas decorrentes da redução da arrecadação do ICMS.
A comissão especial é formada por representantes dos estados e da União. Ela foi criada depois que o Congresso Nacional aprovou e o presidente Jair Bolsonaro sancionou duas leis que alteram as alíquotas de ICMS que incidem sobre os combustíveis.
O ICMS é um imposto estadual e, por isso, os governadores afirmam que as leis são inconstitucionais e que os estados precisam ser compensados por eventuais perdas de arrecadação.
Os estados defendem que cabe ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) fixar alíquotas e formas de tributação do ICMS sobre os combustíveis.
Os governos locais defendem a compensação imediata das perdas de arrecadação ocorridas a partir de julho de 2022 com as parcelas a vencer das dívidas estaduais com a União.
Outra medida seria a recomposição das perdas tributárias em relação ao gás natural, energia elétrica, comunicações e transportes.
Maranhão
No Maranhão, a redução da alíquota ocorreu em junho deste ano. O governo estadual reduziu de 28,5% para 18% a alíquota do ICMS para combustíveis, comunicação e gás de cozinha.
Na ocasião, o secretário estadual de Fazenda, Marcellus Ribeiro, disse que o prejuízo para o Maranhão seria de mais de R$ 4 bilhões.
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