Vaga no TCE não vem sendo foco da classe política
Em janeiro deixará o Tribunal de Contas do Estado o conselheiro Edmar Cutrim; as movimentações pela cadeira não estão tão intensas.
A classe política não tem se atentado para um fato que acontecerá logo na primeira semana de janeiro de 2023. No dia 7 está prevista a aposentadoria do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Edmar Cutrim. A vaga, em tese, é de indicação da Assembleia Legislativa.
Nos bastidores, as movimentações para a vaga é bem pequena. E apesar de rumores de que a cadeira no TCE pudesse ficar com Othelino Neto(PCdoB) - em caso dele não conseguir permanecer presidente da Assembleia - os mais próximos do governador Carlos Brandão (PSB) falam em indicação familiar.
Um sobrinho do governador poderia ser o indicado para ser o escolhido dos deputados. Este é um dos motivos para pouca movimentação em torno da vacância no tribunal.
Um outro motivo é que Brandão quer deixar para fevereiro esta escolha. Isto porque na próxima legislatura o governador tem uma ampla maioria na Casa. E, por fim, esta vaga de Edmar Cutrim está no meio das negociações que estão sendo feitas tanto para a presidência da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) quando pelo comando da Assembleia Legislativa.
As articulações estão sendo feitas e costuras já sendo alinhavadas para estes espaços de poder. Aos aliados, Carlos Brandão tem dito que é dele estas escolhas e, por isso, as conversas devem necessariamente passar por ele. E assim tem acontecido.
Prova
A prova disto foi a declaração de apoio a Othelino Neto para presidente da Assembleia feita por parte de alguns deputados eleitos.
Estes parlamentares, na verdade, se apressaram em declarar apoio a pedido do senador eleito, Flávio Dino (PSB).
Só que o governador Carlos Brandão ligou e disse que deveriam se encerrar as falas apressadas sobre a eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa. E assim aconteceu.
Para aliados
Estes espaços de poder servirão para Carlos Brandão organizar sua base política e atender os aliados conforme os acordos eleitorais.
Aliado a isto tudo, tem ainda os cargos de primeiro e segundo escalão de seu governo. Cargos estes, por sinal, que serão distribuídos conforme o que for costurado para Famem, Assembleia e TCE.
E, por isso, Brandão vem anunciando que somente em fevereiro vai anunciar sua equipe de governo.
No Senado
O ex-governador e agora senador eleito Flávio Dino deve mesmo ficar no Senado a partir de 2023.
Havia a possibilidade real dele compor o primeiro escalão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mas após o resultado das urnas no primeiro turno, o socialista deverá ser mais importante no parlamento.
Com uma composição pouco favorável no Senado, Lula precisa de nomes de destaques para articular os interesses do governo e também defender a gestão dos opositores.
Crítico
Um dos nomes que deverá ser observado de perto é do ex-juiz Sergio Moro. Dino, por sinal, quando governador, foi um assíduo crítico do magistrado.
As críticas continuaram também quando Moro assumiu o Ministério da Justiça. E se mantiveram agora no segundo turno quando o ex-juiz se aproximou de novo do presidente Jair Bolsonaro.
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