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Grupo dinista sai fortalecido da disputa pela Presidência da República

Governador Carlos Brandão e o senador eleito Flávio Dino (ambos do PSB) estão com o cenário favorável para o seu grupo com a vitória de Lula.

Ipolítica

Atualizada em 02/05/2023 às 23h37
Flávio Dino e Carlos Brandão estão mais fortalecidos com a vitória de Lula nas urnas
Flávio Dino e Carlos Brandão estão mais fortalecidos com a vitória de Lula nas urnas (Reprodução)

SÃO LUÍS - O resultado das urnas no Brasil tem um reflexo direto no Maranhão. Com votação expressiva para o agora presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado, o grupo do governador Carlos Brandão (PSB) e do senador eleito Flávio Dino (PSB) sai fortalecido.

Primeiro porque a relação institucional vai ser retomada. Por quatro anos, o então governador Flávio Dino não tinha qualquer diálogo com o governo de Jair Bolsonaro (PL). Pelo contrário, por muitas vezes, Dino vez críticas pesadas diretamente ao presidente da República.

O governador Carlos Brandão vai conseguir governar em um ambiente mais tranquilo do ponto de vista do diálogo com a União. 

Para além da gestão, Dino está no raio da possibilidade de compor o futuro governo de Lula. Por duas vezes, o presidente eleito deixou claro que quer o socialista em um de seus ministérios.

Somando a tudo isto, o grupo Dino/Brandão não tem uma oposição forte de fato no Maranhão. Lahesio Bonfim (PSC), ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, perde muito com a derrota de Bolsonaro. O senador Weverton Rocha (PDT) pode não se considerar um opositor de fato porque nacionalmente estará atrelado ao governo petista.

O senador Roberto Rocha (PTB) vai perder força e influência na política nacional e local a partir de 2023. Sem mandato e com o seu candidato a presidente derrotado em Brasília, Rocha terá que reorganizar a casa para, depois disto, marcar sua posição. 

De oposição que tem espaço de poder de fato, somente o prefeito de São Luís Eduardo Braide (sem partido). 

Como visto, o ambiente político no Maranhão é muito favorável ao grupo Dino/Brandão. Isto poderá ser percebido logo daqui há dois anos, quando chegarem as eleições municipais.

Apoios

O grupo comandado pela ex-governadora e deputada federal eleita, Roseana Sarney (MDB), também foi determinante para a vitória de Lula no Maranhão.

O ex-presidente José Sarney (MDB), por exemplo, em artigo publica no Imirante, declarou voto ao petista falando da necessidade de fortalecimento da democracia diante de ameaças.

Claro que o apoio do grupo Sarney para Lula não é de ocasião. Desde 2002, Sarney, Roseana e seus aliados apoiam o presidente eleito.

Votos a mais

Os esforços de Flávio Dino e Carlos Brandão na campanha contribuíram para aumentar a votação de Lula no Maranhão. Em comparação ao primeiro turno, o petista teve cerca de 65 mil votos a mais.

No entanto, apesar de não ter tido uma campanha mais planejada e unificada no estado, o presidente Jair Bolsonaro teve votos a mais superior os de Lula.

Foram 99 mil votos a mais que Bolsonaro teve no estado em relação a sua votação no primeiro turno.

Oposição pequena

Dos deputados federais eleitos pelo Maranhão, somente dois devem ser oposição ao presidente eleito Lula.

Aluísio Mendes (PSC) e Pastor Gil (PL) podem se manter no grupo bolsonarista. Os demais parlamentares - pelo menos a maioria - deverá seguir com o petista.

Pastor Gil devido, principalmente, a igreja Assembleia de Deus. Aluísio pelo posicionamento de seu partido também mais ligada ao evangélico. 

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