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Juros altos: vale a pena financiar casas e carros agora ou esperar?

Especialista não aconselha a se fazer um financiamento de longo prazo, como o imobiliário e o de veículos.

Imirante.com

Atualizada em 02/05/2023 às 23h38

 

Juros cobrados nos financiamentos de casas e carros estão mais elevados no país (Foto/Divulgação)
Juros cobrados nos financiamentos de casas e carros estão mais elevados no país (Foto/Divulgação)

Com a Selic (taxa básica de juros) a 13,75% ao ano, os juros cobrados nos financiamentos de casas e carros ficam mais caros, pois quanto maior a taxa, maior o custo do crédito. Diante desse cenário, muitos brasileiros não sabem o que fazer: vale a pena financiar agora a compra da casa própria ou do carro? Ou é melhor esperar a taxa básica cair?

É quase unanimidade entre os especialistas acreditar que não haverá redução da Selic a curto prazo. Isso ocorre porque os bancos captam recursos para, na outra ponta, emprestar para famílias e empresas. A Selic mais alta encarece o custo de captação dos bancos, que acabam fazendo repasses ao consumidor final. 

“Neste momento, não aconselho o brasileiro a fazer um financiamento de longo prazo, como o imobiliário e o de veículos. Uma coisa é você financiar a compra de um celular, por exemplo, por um período de seis meses ou um ano. Outra coisa é você financiar um imóvel por 30 anos. Porque o risco de uma pessoa não conseguir pagar o financiamento é maior, em função do custo. O melhor é esperar para financiar mais à frente. Vale reforçar que, quando se contrata o financiamento, a pessoa paga o juro contratado de agora até o fim do prazo”, alerta Ricardo Balistiero, doutor e professor de economia do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) 

O especialista ainda lembra que o Banco Central praticamente ficou sozinho na tarefa de combater a inflação, que continua persistentemente alta. “A ferramenta que o BC tem é aumentar a Selic, para tentar combater a alta dos preços. Ainda existe a possibilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentar a taxa neste ano para 14%. Além disso, temos o agravante do teto fiscal, que está desmoralizado em função da aprovação da PEC dos precatórios e, mais recentemente, da PEC Kamikaze, para aumentar o auxílio emergencial até dezembro”, lembra o economista. 

Para que as taxas de juros comecem a cair, é fundamental que a inflação também se reduza de forma não artificial. Dessa maneira, os financiamentos ficariam mais baratos, tanto de casas quanto carros, e até mesmo os empréstimos. Por isso, entre outras ações, os candidatos à Presidência da República precisam se comprometer com o teto de gastos para, talvez, no final de 2023, haver redução sustentada da inflação e da Selic. 

“Claro, se a família precisar muito comprar o carro ou a casa agora, apesar do custo maior, o interessado deve fechar o financiamento de forma consciente, pesquisando e buscando as melhores taxas de juros disponíveis, possibilitando que a dívida se enquadre no orçamento da família de modo a não comprometer sua renda futura”, conclui o professor Balistiero. 

Maratona IDEATHON

A maratona IDEATHON, ação inovadora em que estudantes universitários são estimulados a gerar ideias para solucionar problemáticas do dia-a-dia, vai movimentar a cidade de Timo, de 23 a 25 deste mês. 

Promovida pelo Sebrae, por meio do Núcleo de Atendimento Empresarial (NAE Timon), a maratona apresenta como tema “Segurança e Sustentabilidade”. O evento tem a parceria da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) e da Prefeitura de Timon

O IDEATHON acontecerá no IFMA e terá a participação de 100 estudantes das duas instituições do Campus Timon. 

Diálogos com candidatos 

A presidente da Federação das Câmaras Lojistas do Maranhão (FCDL-MA), Socorro Noronha, e o presidente da Câmara de Dirigentes Lojista de São Luís (CDL São Luís), Fábio Ribeiro, representaram o movimento lojista maranhense no evento Diálogos com os candidatos à Presidência da República, realizado pela União Nacional das Entidades de Comércio e Serviços (UNECS), em Brasília. 

Mais de 400 líderes e representantes de entidades do setor de comércio e serviços participaram do encontro, que reuniu os candidatos Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL) e Soraya Thronicke (União Brasil). 

Fapcen na Expoema

Superintendente da Fapcen, Gisela Introvini, fala da importância do agronegócio, durante a Expoema (Foto/Divulgação)
Superintendente da Fapcen, Gisela Introvini, fala da importância do agronegócio, durante a Expoema (Foto/Divulgação)

A Fundação de Apoio à Pesquisa do Corredor de Exportação Norte (Fapcen) é presença na Exposição Agropecuária do Maranhão (Expoema), que acontece até este domingo (11), no Parque Independência, em São Luís. 

A superintendente da Fapcen, Gisela Introvini, teve a oportunidade, na Expoema, de falar sobre a importância dos pecuaristas estarem mais organizados e juntos em plataformas de negócios que possam dar mais visibilidade ao agronegócio no Maranhão.

Ela também ressaltou o modelo sustentável de cultivo da soja disseminado pela Fapcen, com as fazendas certificadas que garantem a contrapartida ao Estado na minimização dos riscos agropecuários. Citou o exemplo da plataforma feminina Agro Ouro, que tem na soja a inspiração na geração de emprego e renda.

Custo da cesta básica

Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que em agosto o trabalhador que ganha um salário mínimo, para adquirir os produtos alimentícios básicos, teve que utilizar 58,54% desse rendimento (já com o desconto da Previdência) 

Nesse período, o tempo médio necessário para o trabalhador adquirir os produtos da cesta básica foi de 119 horas e 8 minutos, menor do que o registrado em julho, de 120 horas e 37 minutos. Em agosto de 2021, a jornada necessária era de 113 horas e 49 minutos. 

Por falar em cesta básica, em agosto, o valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 16 das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.

VAREJO

Geração de energia

O país ultrapassou dia 6 deste mês os 185 gigawatts (GW) na capacidade de geração de energia elétrica. Desse total em operação, 83,26% correspondem a usinas que geram a partir de fontes renováveis, como a água dos rios, os ventos e a luz solar. Os dados são Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O ano de 2022 conta com novas usinas em 16 estados das cinco regiões brasileiras. 

Nova deflação

Com a continuidade da queda nos preços dos combustíveis, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de -0,36% em agosto, segundo mês seguido de deflação. A queda foi menos intensa do que a registrada em julho (-0,68%). No ano, a inflação acumulada é de 4,39% e, nos últimos 12 meses, de 8,73%. Os dados foram divulgados pelo IBGE.

Índice da Construção Civil

De janeiro a agosto, o acumulado do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) fechou em 9,74%. Em agosto, segundo o IBGE, a taxa correspondeu a 0,58%, caindo 0,90 ponto percentual em relação à taxa de julho (1,48%). Este foi o segundo menor índice do ano, acima apenas de fevereiro. O custo nacional da construção, por metro quadrado, foi de R$ 1.661,85 em agosto, sendo R$ 994,67 relativos aos materiais e R$ 667,18 à mão de obra.

52 anos do IEL/MA

O Instituto Euvaldo Lodi (IEL-MA) comemorou no último dia 7 (celebração do Dia da Independência do Brasil), 52 anos de criação, seguindo no seu propósito de aumentar a competitividade das empresas locais por meio de soluções nas áreas de carreira e estágio, educação empresarial e gestão empresarial. O IEL Maranhão é um importante elo entre a demanda empresarial e a oferta de conhecimento.  

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