SÃO LUÍS - Preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira (20) no bojo da Operação Odacro, que investiga fraudes em licitações e desvio de recursos públicos na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), o empresário Eduardo José Barros Costa, o Eduardo DP, manifestou-se em nota emitida pela sua defesa sobre o caso.
No comunicado, os advogados do empreiteiros dizem que sua prisão foi “ilegal e desnecessária".
“Tudo o que há nos autos do inquérito policial em curso é fruto apenas do início da investigação e da visão unilateral da Polícia e do Ministério Público sobre os fatos; que ele nunca sequer foi notificado para falar, apresentar documentos e/ou quaisquer outras manifestações defensivas; que, a partir de agora, colabora com a investigação – que corre em segredo de justiça – esperando ter a oportunidade de prestar os devidos esclarecimentos, com os quais demonstrará sua inocência. Inocência, aliás, que deve ser presumida por força de expressa disposição constitucional”, diz a nota.
Os advogados também pedem que as autoridades policiais tenham “muita responsabilidade na divulgação de fatos, alegadamente graves e sigilosos, evitando prejulgamentos (conjecturas ou suposições) baseados em informações incompletas ou unilaterais, que poderão, inclusive, ensejar futuras demandas reparatórias”.
Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, a PF apreendeu aproximadamente R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo. Os valores estavam em uma mala e em um cofre de um dos alvos da ação policial. Quantidades consideráveis de jóias, relógios e veículos também foram levados pelos federais.
Segundo as investigações, Eduardo DP figura como sócio oculto de empresas investigadas num esquema de fraudes licitatórias perpetrado na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
“O líder desse grupo criminoso, além de colocar as suas empresas e bens em nome de terceiros, ainda possui contas bancárias vinculadas a CPFs falsos, utilizando-se desse instrumento para perpetrar fraudes e dificultar a atuação dos órgãos de controle”, diz a PF, em nota.
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