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Sem ideologia: pré-candidatos de campos políticos diferentes estão juntos no MA

Na disputa pelo Palácio dos Leões, em 2022, tem a aliança do PDT com PL e PSB com o PP, partidos que estão em campos políticos diferentes e são oposição na disputa para presidente da República.

Ipolítica

Atualizada em 02/05/2023 às 23h37
Josimar e Weverton fecharam aliança no Maranhão mesmo sendo de partidos que se opõem na disputa nacional
Josimar e Weverton fecharam aliança no Maranhão mesmo sendo de partidos que se opõem na disputa nacional (Divulgação)

A prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge, assumiu uma posição que é da maioria dos políticos do Maranhão: o momento não é de ideologia. A justificativa da gestora é em relação ao apoio dela à pré-candidatura do senador Weverton Rocha, que é do PDT (parte do campo política da dita esquerda).

Maura Jorge, desde 2018, se colocou como aliado do presidente Jair Bolsonaro no Maranhão. Chegou a ocupar cargo federal no estado. Mas, “em nome de uma nova realidade para o Maranhão”, ela deixa o que prega o presidente da República e decide se aliar a um pré-candidato de esquerda.

Mas a postura de Maura Jorge não é exclusivo dela. Na verdade, entre os postulantes a mandato eletivo, poucos ainda se mantém preocupados com a postura ideológica.

O próprio Weverton Rocha é um destes políticos. Em busca de apoio que possa lhe garantir vitória nas urnas, o senador se aliou com o PL, partido de Bolsonaro, quem o PDT combate nacionalmente. Outro aliado do pedetista no Maranhão é o senador Roberto Rocha (PTB), considerado o político mais próximo e com influência com Jair Bolsonaro.

Mas antes de se aliar ao PL e ao PTB, Weverton quis muito o PT e devido a isto se auto intitulou “o melhor amigo de Lula”.

O adversário do pedetista, o governador Carlos Brandão (PSB), não tem postura diferente. Sem se preocupar com ideologia alguma, Brandão tem em seu rol de aliança o PP, de Arthur Lira, presidente da Câmara e de Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil de Bolsonaro.

E também lutou muito para ter o PL, partido de Bolsonaro. O Palácio dos Leões conversou exaustivamente com o presidente estadual da sigla, deputado Josimar de Maranhãozinho, para garantir este apoio. Mas no fim, não conseguiu.

Enquanto negociava com o PL, Carlos Brandão esperava a confirmação oficial do apoio do PT à sua pré-candidatura e a indicação de vice para sua chapa.

Os demais pré-candidatos ainda não demonstraram alianças incoerentes até mesmo porque não tem outros partidos unidos pelo projeto de cada um de ser governador do Maranhão. Lahesio Bonfim tem somente seu PSC, Edivaldo Júnior o PSD e Simplício Araújo, o Solidariedade.

Ideológicos somente o partidos chamados de radicais: PSOL e PSTU. O primeiro, no entanto, tem agora uma federação com a Rede Sustentabilidade (REDE), que no Maranhão escolheu apoiar Weverton Rocha. O PSTU, não. Este mantém o discurso de revolução mesmo diante de um cenário que deixa impossível qualquer êxito na corrida eleitoral.

O incoerente

Esta multiplicidade nas alianças políticas tem a assinatura do ex-governador Flávio Dino (PSB). Ele estreou, em 2014, um palanque misto com partidos de campos políticos diferentes. 

Neste ano, o socialista - que era do PCdoB - garantiu, por exemplo, o apoio do PSDB (principal adversário nacional de sua então sigla e do aliado PT).

Teve, pelo menos, quatro candidatos a presidente da República que ele atrelava seu nome. Em 2018 não foi diferente tanto que, no primeiro turno, Dino não quis combater Bolsonaro para não melindrar os aliados que eram a favor do então candidato a presidente.

Insatisfação

O clima voltou a ficar tenso na Câmara Municipal de São Luís em relação ao prefeito Eduardo Braide (sem partido).

Com a pauta trancada há duas semanas devido a nove vetos do prefeito à propostas do Poder Legislativo, os vereadores demonstram insatisfação mais uma vez com o Executivo.

Além da questão dos próprios vetos, os parlamentares cobram o cumprimento dos primeiros acordos que Braide fez na reunião com 23 vereadores ainda em abril.

Aguardando

E ainda pensando em manter o canal de diálogo aberto, os vereadores aguardam algum direcionamento do presidente da Casa, vereador Osmar Filho (PDT), ou do líder do governo na Câmara, vereador Raimundo Penha (PDT).

Se nada avançar, os vetos de Eduardo Braide poderão ser derrubados mais uma vez pelos parlamentares.

 

O tempo a mais dado pelos vereadores leva em consideração o período das festa juninas. 

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