Linguagem

Atraso na fala das crianças é motivo de preocupação para pais e responsáveis

A fonoaudióloga do Sistema Hapvida, Priscila Portela, explica como funciona o desenvolvimento da fala e a partir de quantos meses ele tem início.

Publipost / Hapvida

Atualizada em 24/05/2022 às 16h54

SÃO LUÍS - Sabemos que cada bebê é diferente um do outro, mas temos uma certeza: todos irão se desenvolver. Por isso, é muito importante os pais e responsáveis se manterem atentos às todas as idades em que costumam acontecer as mudanças, como, por exemplo, da fala, do aprender a andar e de todo o crescimento.

A fonoaudióloga do Sistema Hapvida, Priscila Portela, explica como funciona o desenvolvimento da fala e a partir de quantos meses ele tem início. “O desenvolvimento da linguagem se divide em dois momentos: o primeiro, quando o bebê usa de modo comunicativo os sons, sem palavras ou gramática; e o segundo, quando usa palavras,” pontuou a profissional.

Os saltos de desenvolvimento linguístico possuem as seguintes características:

Pré-linguístico: A criança usa o choro para se comunicar, podendo ser rica em expressão emocional.

Linguístico: A criança inicia entre nove e 12 meses. Geralmente, ela está emitindo sons para reproduzir o que ouve, fazendo imitação. Com 18 meses, estima-se que a criança já tenha o vocabulário com um pouco mais de 20 palavras. Aos dois anos, espera-se que ela já consiga formar pequenas frases – de duas ou três palavras, com vocabulário extenso de umas 200 palavras; com três ou quatro anos, o esperado é já compreender o que a criança fala, mesmo com trocas fonéticas correspondentes para idade; com cinco anos, é esperado que a criança atinja a maturação do desenvolvimento da fala, já com todos os fonemas, formações de frases e conversação.

Os casos de atraso na fala podem ser bem comuns. Em alguns deles, existem diversos motivos para que isso aconteça. "As causas de atraso da fala são variadas, desde dificuldade sensorial (uma falha na audição), passando por alterações do neurodesenvolvimento, como deficiência intelectual e autismo, distúrbios específicos de linguagem ou apraxia da fala. E não se deve esquecer que a exposição excessiva à telas eletrônicas associada a falta de estimulação, principalmente para os menores de dois anos de idade, tem sido apontada como fator de risco para atraso de linguagem”, informou Priscila.

Pais e responsáveis podem auxiliar as crianças nesta fase de desenvolvimento. O primeiro passo é sempre nomear as coisas de forma correta, apresentar novas possibilidades de vocabulário, quando for necessário, corrigir de maneira carinhosa, ler para a criança e evitar ao máximo a sua exposição a telas.

Mas quando é o momento certo de buscar a ajuda de um especialista? “Quando a família começa a perceber qualquer possibilidade de atraso no desenvolvimento da criança – dificuldade em atender quando é chamada, poucas emissões sonoras ou tentativas de falar, quando a criança só aponta e/ou guia seu interlocutor ao que quer, evitando fazer uso de sua fala”, informou.

Existem também os casos em que as crianças apresentam a “língua presa” e, quando identificado, é importante que ela passe por uma avaliação fonoaudiológica para identificar se será preciso realizar uma pequena intervenção cirúrgica e logo após, iniciar fonoterapia, para estimular e fortalecer esta musculatura, para deixá-la adequada.

 

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