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Dino quer trazer polarização nacional para disputa pelo Senado no MA

Ex-governador quer colocar em pauta o apoio ao ex-presidente Lula e ao presidente Bolsonaro na disputa que enfrentará contra o senador Roberto Rocha.

Ipolítica

Atualizada em 02/05/2023 às 23h37
Ex-governador Flávio Dino tem feito reuniões no PSB para tratar da pré-campanha de Lula no Maranhão
Ex-governador Flávio Dino tem feito reuniões no PSB para tratar da pré-campanha de Lula no Maranhão (Divulgação)

SÃO LUÍS - A disputa pela única vaga para o Senado no Maranhão neste ano ganhou cenário novo fazendo com que as estratégias do ex-governador Flávio Dino (PSB) tivessem que ser mexidas. O senador Roberto Rocha (PTB), eleito em 2014 no grupo de Dino, trouxe equipe reforçada com mais de uma dúzia de partidos que garantem apoiar o petebista para senador.

Esta equipe inclui deputados estaduais e federais, um senador e três pré-candidatos ao governo. Dezenas de prefeitos e centenas de vereadores que podem desequilibrar qualquer balança da disputa eleitoral.

Flávio Dino sabe disto e já prepara o terreno para contra-atacar a ofensiva de seu adversário, que até pouco tempo era visto como político isolado e sem objetivo eleitoral fácil de ser colocado em prática.

E a estratégia do socialista é uma só: a polarização nacional (Lula x Bolsonaro). A missão parece simples devido à proximidade de Roberto Rocha com o presidente da República.

No entanto, o senador sabendo da estratégia, vai buscar coligar com um partido ligado ao mesmo campo político do ex-governador. O PDT poderá ser o artifício que Rocha precisará para negar a narrativa que vem sendo construída por Flávio Dino.

A prova disto é que, Roberto Rocha diz que apoia Jair Bolsonaro porque existe trabalho do presidente a favor do Maranhão. E que com Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT) sempre manteve excelente relação “para o bem do Maranhão”.

Roberto Rocha quer, na verdade, ampliar o debate e colocar questões sociais e econômicas do estado na pauta da disputa eleitoral.

Resta saber qual das narrativas chamará mais atenção do eleitor.

Traidores

Além da estratégia de polarização da disputa para o Senado, os aliados do ex-governador Flávio Dino têm usado outro artifício para enfraquecer o movimento feito por Roberto Rocha.

O discurso de traição domina as redes sociais dos governistas. Apontam tanto o senador Roberto Rocha quanto o senador Weverton Rocha como traidores de Flávio Dino.

Como resposta, o senador do PTB tem dito que se o lado dele é considerado de traidores, deveriam estar junto com ele então nomes como André Fufuca (PP), Pedro Lucas Fernandes (União Brasil), Othelino Neto (PCdoB) e Eliziane Gama (Cidadania).

Base bolsonarista

Os governistas já iniciaram nas redes sociais o debate sobre ser Lula ou ser Bolsonaro. As opiniões nas redes dos palacianos são sempre de que Roberto Rocha é bolsonarista devido aos partidos que estão com ele.

Mas o que os governistas tentam esconder é que no grupo do governador Carlos Brandão (PSB) tem partidos ligados ao presidente da República Jair Bolsonaro.

O PP de André Fufuca deverá indicar o candidato a vice na chapa do presidente da República.

Terceira via

Além do bolsonarismo na base de Brandão, o governador tem ainda a senadora Eliziane Gama, que encampa o discurso da terceira via se posicionando sempre contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Gama tem dito que é preciso uma terceira opção e esta é o ex-governador de São Paulo, João Dória do PSDB.

Vale lembrar que Eliziane Gama votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e disse que o PT foi o pior governo da história do Brasil. Mas mesmo assim, em 2018, ela foi eleita com o apoio dos petistas por ordens de Flávio Dino.

Seletivo

Os professores da rede municipal de ensino de São Luís decidiram se inscrever o seletivo que a Prefeitura abriu para contratação de professores temporários.

Cerca de 6 mil docentes apresentarão seus currículos para serem analisados pela Secretaria Municipal de Educação (Semed).

A estratégia é mostrar o número de professores que estão em greve e saber se há algum tipo de direcionamento na contratação de professores temporários.

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