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CPI vai concentrar esforços em investigação sobre licitação e contratos

Acordo da Prefeitura de São Luís com empresários para liberação de R$ 12 milhões em subsídio não deverá ser alvo da investigação dos vereadores

Imirante

Atualizada em 02/05/2023 às 23h37
Vereadores finalmente instalaram a CPI do Transporte Público
Vereadores finalmente instalaram a CPI do Transporte Público (Fabrício Cunha/Agência Câmara SL)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público saiu finalmente do papel. Foram eleitos presidente e vice-presidente e o relator escolhido. A partir desta terça-feira, 7, uma agenda de trabalho será definida e após as investigações começarão.

O que chama atenção é que a comissão quer centrar esforços na licitação – que foi aprovada pela própria Câmara Municipal em 2016 – e nos contratos entre as empresas e a Prefeitura de São Luís.

Não está no alvo dos vereadores (pelo menos pelo que disseram os parlamentares) o acordo da gestão Eduardo Braide (Podemos) para repassar R$ 12 milhões em subsídio para os empresários do sistema de transporte público.

E não deve ter qualquer investigação aprofundada neste caso porque dos cinco vereadores membros da CPI, quatro tem relações próximas com o prefeito de São Luís. Se tiver algum tipo de pedido de investigação deve ser feito pelo vereador Johnatan Alves do Coletivo Nós (PT).

Chico Carvalho (PSL), eleito presidente, Astro de Ogum (PCdoB), eleito vice-presidente, Álvaro Pires (PMN), escolhido relator, e Octávio Soeiro (Podemos) não deverão se mexer para deixar o prefeito Braide em qualquer saia justa no imbróglio histórico do sistema de transporte público.

Substituição

O petista Johnatan Alves era suplente na CPI do Transporte Público, mas acabou se tornando titular após a saída do vereador Marquinhos Silva (DEM).

Desde que foi publicada a instalação da CPI no Diário Oficial que Silva vem criticando a comissão. Ele reclama de que empresários e prefeito não serão investigados.

A irritação de Marquinhos, na verdade, ocorre porque ele presentou também um requerimento pedindo uma CPI, mas acabou sendo descartado já que antes dele, pediu a instalação da CPI o vereador Chico Carvalho.

Quer ser vice?

O senador Weverton Rocha (PDT) voltou a investir em uma de suas estratégias para sua futura candidatura ao governo do Maranhão.

O pedetista após enviar emissários para conversar com aliados do ex-prefeito de São Luís e pré-candidato ao governo, Edivaldo Júnior (PSD), decidiu ele mesmo conversar com o ex-prefeito.

A ideia de Weverton Rocha é oferecer a vaga de vice na sua chapa para Edivaldo Júnior, que não deverá aceitar a proposta.

Projeto nacional

Edivaldo Júnior tem dito que sua candidatura é um projeto nacional do PSD e, por isso, não pertence a qualquer grupo político do Maranhão.

Desde a definição de sua pré-candidatura que Edivaldo Júnior tem se comportado como uma terceira via.

Ele não quer ser visto como um candidato do Palácio dos Leões ou da oposição ao governador Flávio Dino (PSB).

Até nas pesquisas

O vice-governador Carlos Brandão (PSDB) vai intensificar sua agenda em dezembro para garantir que conseguirá cumprir os critérios estabelecidos na carta-compromisso do Palácio dos Leões.

Até na meta de aceitação popular medida por meio de pesquisas de intenção de voto, Brandão garante que está bem.

Segundo ele, Flávio Dino definiu pelo seu nome após analisar mais de 30 pesquisas. Talvez nessas o vice-governador vai bem já que em todas as demais que foram divulgadas para o público ele aparece em quarto ou quinto lugar dependendo do cenário.

Não pode ser abordada?

A deputada Daniella Tema (DEM), em nota oficial, diz que foi abordada pela Polícia Militar sem motivo algum.

Ela alegou que é mulher e mãe e tem uma reputação ilibada. Reclamou da arma usada pelos policiais. Ou seja, a parlamentar acredita que não pode ser abordada e se a PM tiver que fazer, que não use armas.

Por conta desta abordagem, o comando da Polícia Militar transferiu o Tenente França. Tirou ele do comando da companhia em Tuntum e enviou para Cururupu.

Recorrente

Este não é o primeiro episódio de punição a policiais militares que ocorrer no governo de Flávio Dino.

Abordagens a políticos e operações que desagradam lideranças no interior tem levado a transferências.

E não se resume somente a PM. Na Polícia Civil delegados e agentes também foram “castigados” com transferências.

E mais:

- Sobre a transferência do Tenente França, o prefeito de Tuntum, Fernando Pessoa (SD) lamentou, por meio de vídeo publicado nas redes sociais, a mudança no comando da companhia.

- Segundo disse, o policial vinha desempenhando vem sua atividade. Pessoa disse ainda que com Tenente França já são “dois bons comandantes” transferidos em menos de um ano.

- O comando-geral da Polícia Militar nada disse sobre o episódio. A Secretaria Estadual de Segurança também silenciou sobre a situação.

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