Prisão por desobediência

Policial militar é presa por se recusar a passar do horário de trabalho para amamentar o filho

Entidades de defesa dos Direitos Humanos acompanham o caso da soldada Tatiane Alves.

Imirante.com, com informações do G1 Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 11h01
Tenente Mário Oliveira faz ligações durante o vídeo e, em seguida, determina a prisão de Tatiane.
Tenente Mário Oliveira faz ligações durante o vídeo e, em seguida, determina a prisão de Tatiane. (Reprodução)

SÃO LUÍS - A soldada da Polícia Militar do Maranhão, Tatiane Alves, foi presa por se recusar a trabalhar além do horário de trabalho para amamentar o filho. O caso aconteceu no último dia 5 de setembro, durante um evento no Centro Histórico de São Luís.

Tatiane é policial militar há sete anos, mas também é mãe e dona de casa. O filho, de dois anos, ainda mama no peito. Durante o evento, após cumprir seis horas de trabalho em pé, e sem pausa para alimentação, recebeu uma ordem de um superior para continuar trabalhando, mesmo depois do turno completo.

“Fui informada que o policiamento seria estendido até o término do evento, que a gente não sabia até que horário. Eu já estava sem condições físicas de permanecer, eu já estava cansada e não tinha tudo nenhum tipo de alimentação. Eu estava com meu filho pequeno, que precisava de amamentação. Eu fui até o meu comandante imediato, expliquei a situação e, infelizmente, ele não me ouviu. Simplesmente, disse que, se eu não cumprisse a determinação dele, eu seria presa em flagrante por desobediência", conta a policial.

Quem deu a ordem foi o tenente Mário Sérgio Oliveira Brito. O marido de Tatiane, que estava esperando ela sair do trabalho, filmou a prisão. A policial foi levada em uma viatura para o Comando Geral da Polícia Militar, em São Luís, onde ficou presa por 24 horas.

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