Covid-19

Maranhão deve receber 141 mil doses da vacina Sputnik V na próxima semana

Termo que autoriza importação e uso emergencial da vacina foi assinado nesta quinta-feira (8), pelo presidente Consórcio Nordeste e governador do Piauí, Wellington Dias (PT).

Imirante.com, com informações do G1

Atualizada em 27/03/2022 às 11h02
Uso emergencial da vacina foi autorizada da vacina, mas com restrições.
Uso emergencial da vacina foi autorizada da vacina, mas com restrições. (Foto: Reprodução/Facebook/Embaixada da Rússia no Brasil)

SÃO LUÍS – O Maranhão deve receber, na próxima semana, 141 mil doses da vacina Sputnik V. A importação da vacina ocorre após assinatura do Termo de Compromisso com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de importação excepcional do imunizante feita pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que é presidente do Consórcio Nordeste e coordenador da temática Estratégia para a vacina contra a Covid-19 do Fórum de Governadores do Brasil.

O Termo de Compromisso com 17 Estados brasileiros autoriza a importação e uso emergencial da vacina Sputnik V. A previsão para que o primeiro lote chegue ao Brasil até a próxima semana, segundo Wellington Dias.

De acordo com o governador do Piauí, responsável pela assinatura do termo, as doses da Sputnik irão passar por um critério de primeira e segunda dose, sendo monitoradas pela Anvisa.

O Maranhão e outros 16 Estados firmaram a compra da Sputnik V. O contrato fechado com o Consórcio Nordeste prevê 37 milhões de doses do imunizante. Neste primeiro momento, a Anvisa autorizou a importação excepcional de doses da Sputnik V para seis Estados do nordeste e cada Estado receberá uma quantidade suficiente para duas doses de 1% da população.

Até a última atualização desta reportagem, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), ainda não havia se pronunciado sobre a importação da vacina. Dino foi um dos principais nomes e defensores do uso da Sputnik V nos Estados brasileiros, em especial, no nordeste.

Veja a distribuição das doses por Estado do nordeste:

Bahia – 300 mil doses

Maranhão – 141 mil doses

Sergipe – 46 mil doses

Ceará – 183 mil doses

Pernambuco – 192 mil doses

Piauí – 66 mil doses

Assim que ocorrerem as autorizações, os outros Estados do Nordeste, do Norte e de outras regiões, que celebraram contrato com o Fundo Soberano Russo, receberão as doses da vacina, até completar a quantidade contratada.

Aprovação com restrições

No dia 4 de julho, a Anvisa aprovou, com restrições, o pedido de importação excepcional das vacinas Sputnik V e Covaxin contra a Covid-19. De acordo com a agência, a decisão vale apenas para lotes específicos de imunizantes trazidos de fora e não configura autorização de uso emergencial.

Por conta de "incertezas técnicas" presentes na documentação das vacinas Sputnik V e Covaxin, a Anvisa decidiu pela aprovação da importação, mas desde que sejam seguidos protocolos para uso controlado dos imunizantes.

Entre outros pontos, as condicionantes para a importação das duas vacinas são:

- Suspensão imediata das aplicações caso a Anvisa ou a Organização Mundial da Saúde (OMS) reprovem o uso emergencial da vacina em questão;

- Não utilização das vacinas em pessoas com hipersensibilidade a qualquer dos componentes da fórmula, gravidez, lactantes, menores de 18 anos ou maiores de 60 anos, mulheres em idade fértil que desejam engravidar nos próximos 12 meses, enfermidades graves ou não controladas e antecedentes de anafilaxia;

- Proibição de aplicação em pessoas que tenham recebido outra vacina contra a Covid-19, com febre, HIV, hepatite B ou C, que tenham se vacinado nas 4 semanas anteriores, tenham recebido imunoglobulinas ou hemoderivados 3 meses antes, tenham recebido tratamentos com imunossupressores, citotóxicos, quimioterapia ou radiação 36 meses, tenham recebido terapias com biológicos incluindo anticorpos anticitocinas e outros anticorpos;

- Importação de doses fabricadas em plantas inspecionadas pela Anvisa;

- Lotes importados devem ser aprovados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fiocruz;

- Bulas e rótulos devem ser disponibilizados em português;

- Comunicado claro de que o imunizante não tem avaliação da Anvisa quanto aos critérios de qualidade, eficácia e segurança.

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