Riscos

Como agir ao encontrar caramujo africano, causador de doenças em humanos

Sema foi informada sobre ocorrências de caramujos africanos na capital que ocorrem no período de chuvas.

Imirante.com, com informação da Sema

Atualizada em 27/03/2022 às 11h04
(Foto: De Jesus/O Estado)

SÃO LUÍS - Com a chegada do período chuvoso, os caramujos africanos (Achatina Fulica) volta a aparecer com frequência. O caramujo africano é uma espécie de molusco terrestre tropical, originário do leste e nordeste do continente africano.

Foi disseminado no mundo pela ação humana ligado à gastronomia, sendo utilizado como opção para o escargot, tanto na região da Tailândia, China, Austrália, Japão e recentemente no continente americano. O caramujo africano foi considerado uma das cem piores espécies invasoras do mundo, causando sérios danos tanto para o meio ambiente quanto para a saúde pública.

A espécie Achatina fulica é classificada como espécie exótica invasora, dada sua origem no continente africano e a inexistência de predadores naturais para realizar seu controle populacional. O molusco participa do ciclo de transmissão de um tipo de meningite que acontece por via oral: por meio da ingestão do animal cru, mal cozido ou de seu muco, bem como ingestão de hortaliças e verduras contaminadas pelo muco de caramujos infectados. Por isso, é necessário a lavagem dos vegetais, uma colher de sopa de água sanitária em um litro de água durante 30 minutos já é suficiente.

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Recentemente, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) foi informada sobre ocorrências de caramujos africanos na capital que ocorrem, sazonalmente, no período de chuvas e são, em algumas ocasiões, confundidos com o caracol brasileiro.

O caramujo africano, por não se tratar de uma espécie da nossa fauna, implica em desequilíbrio ecológico e impacto na fauna nacional, portanto, é necessário que seja feita essa identificação para que ocorra a eliminação da espécie exótica nociva. A concha do africano é mais alongada e pontiaguda, além de possuir coloração mais escura, possui mais giros e borda afiada e cortante, diferentemente do caracol brasileiro.

O controle populacional do caramujo africano é autorizado em todo o território do Maranhão por meio do Decreto nº 34324 de 12/07/2018, que declara a nocividade da espécie exótica invasora Achatina fulica e institui grupo de trabalho interinstitucional – GTI, com objetivo de articular, desenvolver e monitorar ações, de curto, médio e longo prazos, para manejo e controle desta espécie que apresenta riscos para a saúde, meio ambiente e agricultura.

Sabe-se que a maior atividade e visualização desses animais ocorre com a temperatura ambiente mais amena, sugerindo que os melhores horários para coleta são no início da manhã e fim da tarde.

Recomendações

Seguem abaixo os procedimentos indicados à população como forma de controle dos caramujos africanos:

1 – Diferencie os caramujos nativos dos caramujos africanos;

2 – Faça coleta com as mãos bem protegidas com luvas ou sacos plásticos;

3 – Coloque o molusco em um balde contendo uma das misturas a seguir: 1litro de água sanitária para 3 litros de água ou; 1 quilo de cal ou sal grosso juntamente com 6 litros de água;

4 – Deixe os caramujos imersos por um período de 24 horas para garantir sua morte;

5 – Quebre as conchas para evitar criadouro do mosquito da dengue Aedes aegypti.

6 – Descarte no lixo comum.

Como se prevenir

1 - Higienize bem as frutas e legumes;

2 - Nunca ingira os moluscos capturados;

3 - Nunca os leve para casa;

4 - Nunca use como isca para peixe;

5 - Nunca use pesticidas para eliminação do caramujo.

Solicitações de informações adicionais e registros poderão ser feitos junto à Superintendência de Biodiversidade e Áreas Protegidas (Sbap), por meio do Gerenciador Eletrônico de Documentos (GED) e de contatos por e-mail e telefone: saf.sbap@sema.ma.gov.br e telefone (98) 3194-8900 (ramal 8964).

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