Meteorologista explica que nuvem de areia não deve causar tempestade em São Luís
Hallam Cerqueira, do núcleo de metrologia da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), explicou que os impactos devem ser leves e fenômeno pode provocar mudanças apenas na cor do céu.
SÃO LUÍS - Na manhã desta quinta-feira (25), passou a circular nas redes sociais a notícia de que estava chegando em São Luís uma tempestade de areia que partiu do deserto do Saara. O pó chegou em parte da América do Norte e Central nessa quarta (25). Mas segundo Hallam Cerqueira, do núcleo de metrologia da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), o fenômeno não deve provocar uma tempestade de areia caso chegue ao litoral do Maranhão.
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"Estão circulando imagens de tempestades, isso ocorre muito em regiões próximas de desertos e em cidades que estão próximas a desertos. Por isso, esse tipo de tempestade não acontece aqui. Então é uma fake news mostrar que esse tipo de tempestade de areia pode acontecer aqui na nossa região por conta do transporte de areia do deserto. O que a gente pode observar aqui é que a coloração do céu, que é o que basicamente pode afetar a nossa condição aqui na região", explicou o meteorologista.
Ainda de acordo com o meteorologista, o fenômeno, que ainda não tem previsão de chegar no Maranhão, é comum no planeta e ocorre anualmente. Este ano, a nuvem de areia está mais densa devido as temperaturas do verão na região da África, que faz com que o transporte fique mais intenso. O pó não deve alcançar a superfície atmosférica do estado, mas pode alterar a coloração do céu do litoral.
Hallam Cerqueira ainda explicou, que apesar dos danos causados na qualidade do ar, a nuvem de poeira "Godzilla" que vem do Saara também apresenta benefícios para a natureza e serve como fertilizante para a Floresta Amazônica.
"É importante a gente salientar que esse é um fenômeno bastante comum de acontecer e inclusive, a areia que vem do deserto é um bom fertilizante para a floresta Amazônica e há muitos anos acontece. Só que há anos que esse transporte ele vai ficando mais intenso e muito por conta do verão naquela região da Europa e da África, que esse ano o verão está muito intenso", disse Hallam.
Ouça, na íntegra, a explicação completa de Hallam Cerqueira, do núcleo de metrologia da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA):
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