Agressão

Agressão contra idoso é classificada como abusiva pelo Ministério Público do Maranhão

Carroceiro Olegário Castro, de 63 anos, foi agredido fisicamente e verbalmente por uma mulher, no sábado.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h16
Vídeo ganhou grande repercussão nas redes sociais.
Vídeo ganhou grande repercussão nas redes sociais. (Divulgação)

SÃO LUÍS – A agressão ao idoso, identificado como o carroceiro Olegário Castro, de 63 anos, que aconteceu no último sábado (28), por estar batendo em um animal, virou caso de Ministério Público.

De acordo com imagens, o idoso foi agredido por uma mulher, em uma rotatória, na Av. Castelo Branco, no São Francisco. Alterada, a mulher, que estava em um veículo da marca Audi, desceu do carro, tomou o chicote da mão do idoso e com esse mesmo chicote o agrediu. Depois da agressão, a mulher entra no carro e sai. A cena chamou atenção de muita gente que passava pelo local e poucos minutos depois, o vídeo já rolava nas redes sociais.

Ainda nas redes sociais, o caso ganhou grande repercussão. Muitas discussões foram realizadas para saber quem estava certo ou errado. O caso foi levado para a Delegacia do Idoso, lá foi aberto um inquérito policial para apurar as agressões ao carroceiro.

De acordo com a Promotoria do Idoso, a atitude da mulher foi abusiva, já que é preciso levar em consideração o aspecto cultural da profissão.

"Ali tem uma questão social envolvida. É cultural que em nossa região, pessoas tenham esses animais pra transporte de material como meio de subsistência dele e da família. Ao longo da história é comum saber que tem famílias inteiras que sobrevivem através desse tipo de trabalho. Solicitamos que a delegacia do idoso abra inquérito para investigar este caso", disse o promotor Augusto Cutrim.

Seu Olegário, o carroceiro que aparece no vídeo sendo agredido, trabalha há 50 anos como carroceiro. Há sete anos ele tem o jumento, que fica em um estábulo improvisado no quintal de sua própria dele. O idoso conta que tomou um susto com abordagem da mulher.

"Eu fiquei impressionado com aquilo que estava acontecendo. Ela surgiu do nada do meu lado. Chamando palavrões e me bateu com o chicote", disse Olegário.

Francilene Silva, filha de Olegário, é técnica de enfermagem e conta que o pai não é aposentado e sempre sustentou a família com o trabalho de carroceiro.

"Nunca deixou faltar nada pra gente e nem para os animais que ele tem. Ela não poderia fazer isso com ninguém. Poderia chamar pra conversar", disse a filha.

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