Homicídio

ÁUDIO: ouça entrevista coletiva sobre caso do turista holandês

A polícia está tentando identificar outros suspeitos e levantar mais provas.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h45
(Foto: Flora Dolores / O Estado)

SÃO LUÍS – Em coletiva realizada na Secretaria Segurança Pública (SSP), na tarde desta quarta-feira (25), o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Jeffrey Furtado esclareceu o andamento das investigações sobre a morte do turista holandês Ronald Wolbeek, de 60 anos, que aconteceu no último dia 15, na baía de São Marcos, na capital maranhense.

“Fizemos diversas diligências, imediatamente, para descobrir os autores desse homicídio. O crime ocorreu as zero hora do dia 15, e, no mesmo dia, um dos suspeitos foi preso por roubo. Estamos prosseguindo com as investigações para tentar identificar os outros suspeitos, e levantar mais provas”, disse o delegado Jeffrey Furtado.

Ouça a entrevista coletiva completa, transmitida pela Rádio Mirante AM, onde os delegados responsáveis pelo caso explicam detalhes das investigações e os próximos passos a serem dados pela polícia.

Entenda o caso

O holandês, identificado como Ronald François Wolbeek, 60 anos, foi morto com um tiro no peito na madrugada do último domingo (15), no litoral maranhense.

A vítima estava em companhia de sua mulher, Maria Rawie, 69 anos, em um veleiro turístico particular com bandeira da Holanda. O casal estava no Brasil desde o dia 21 de dezembro. Eles atracaram na baía de São Marcos, em São Luís, por volta das 17h do último sábado (14).

Segundo a mulher da vítima, por volta da meia noite de domingo (15), o alarme do barco disparou, e Ronald foi verificar o que tinha acontecido. Nesse momento, ele se deparou com duas pessoas a bordo de sua embarcação. Houve uma discussão, e um dos homens deu dois tiros, um dos disparos atingiu o peito de Ronald Wolbeek.

Segundo o major Roberto, comandante da CPTur, o casal estava no Brasil desde o dia 21 de dezembro.

Perícia criminal

Seis peritos do Instituto de Criminalística (Icrim) e policiais da Delegacia de Homicídios estiveram realizaram, no dia 17 deste mês, uma perícia técnica no veleiro onde o turista holandês foi assassinado. Os peritos coletaram impressões digitais e tentaram identificar o trajeto feito pelo veleiro. Os técnicos também checaram as condições do rádio instalado na embarcação e do sinalizador. Imagens do sistema de videomonitoramento de residências e prédio da região serão usadas na investigação. O laudo da perícia deve ficar pronto em 30 dias.

Sem assistência

Na quinta-feira (19), a TV Mirante mostrou em uma reportagem que Maria Rawie estava morando de favor em uma pousada no bairro do Araçagy. Abalada com a morte de Ronald, a viúva disse estar insatisfeita com as investigações da polícia do Maranhão. “Estou cansada e com muita raiva, pois venho sendo tratada como suspeita e não como vítima”, desabafou a holandesa à TV Mirante.

À reportagem, Maria Rawi contou que o casal saiu da Holanda em meados de setembro. Passaram pela Bélgica, França, Portugal, Espanha, Ilhas Canárias e Cabo Verde, no Oceano Atlântico. Na metade de janeiro alcançou a costa brasileira em João Pessoa (PB). Da Paraíba, disse que o casal pretendia seguir para o Amazonas, depois Guiana Francesa e Suriname.

No entanto, em Natal, no Rio Grande do Norte, resolveram conhecer a costa maranhense. “Quando estávamos na cidade, eu vi as fotos da areia e da água azul e um dia ele [perguntou], 'você quer ver?' e então nós viemos”, contou.

Maria Rawi voltou para a Holanda, no último domingo (22). O corpo de Wolbeek continua em uma funerária da capital à espera de ser cremado nos próximos dias. As cinzas dele serão encaminhadas para a Holanda.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.