Investigação

Presos dois suspeitos de participarem da morte de holandês

De acordo com a polícia, um terceiro suspeito ainda está sendo procurado.

Imirante.com*

Atualizada em 27/03/2022 às 11h45
A vítima estava em companhia de sua mulher, Maria Rawie, 69 anos, em um veleiro turístico particular.
A vítima estava em companhia de sua mulher, Maria Rawie, 69 anos, em um veleiro turístico particular. (Foto: Flora Dolores / O Estado)

SÃO LUÍS – A polícia confirmou, nesta sexta-feira (20), que foram presas duas pessoas suspeitas de participar do assassinato do turista holandês Ronald François Wolbeek, 60 anos, no litoral maranhense.

Segundo o delegado Jeffrey Furtado, que preside as investigações, os suspeitos que foram presos nessa quinta-feira (19), em São Luís, têm mandados de prisão por assalto. De acordo com a polícia, um terceiro suspeito está sendo procurado.

Entenda o caso

O holandês, identificado como Ronald François Wolbeek, 60 anos, foi morto com um tiro no peito na madrugada do último domingo (15), no litoral maranhense.

A vítima estava em companhia de sua mulher, Maria Rawie, 69 anos, em um veleiro turístico particular com bandeira da Holanda. O casal estava no Brasil desde o dia 21 de dezembro. Eles atracaram na baía de São Marcos, em São Luís, por volta das 17h do último sábado (14).

Segundo a mulher da vítima, por volta da meia noite de domingo (15), o alarme do barco disparou, e Ronald foi verificar o que tinha acontecido. Nesse momento, ele se deparou com duas pessoas a bordo de sua embarcação. Houve uma discussão, e um dos homens deu dois tiros, um dos disparos atingiu o peito de Ronald Wolbeek.

Segundo o major Roberto, comandante da CPTur, o casal estava no Brasil desde o dia 21 de dezembro.

Perícia criminal

Seis peritos do Instituto de Criminalística (Icrim) e policiais da Delegacia de Homicídios estiveram realizaram, nessa terça-feira (17), uma perícia técnica no veleiro onde o turista holandês foi assassinado. Os peritos coletaram impressões digitais e tentaram identificar o trajeto feito pelo veleiro. Os técnicos também checaram as condições do rádio instalado na embarcação e do sinalizador. Imagens do sistema de videomonitoramento de residências e prédio da região serão usadas na investigação. O laudo da perícia deve ficar pronto em 30 dias.

Sem assistência

Nessa quinta-feira (19), a TV Mirante mostrou em uma reportagem que Maria Rawie está morando de favor em uma pousada no bairro do Araçagy. Abalada com a morte de Ronald, a viúva disse estar insatisfeita com as investigações da polícia do Maranhão. “Estou cansada e com muita raiva, pois venho sendo tratada como suspeita e não como vítima”, desabafou a holandesa à TV Mirante.

À reportagem, Maria Rawi contou que o casal saiu da Holanda em meados de setembro. Passaram pela Bélgica, França, Portugal, Espanha, Ilhas Canárias e Cabo Verde, no Oceano Atlântico. Na metade de janeiro alcançou a costa brasileira em João Pessoa (PB). Da Paraíba, disse que o casal pretendia seguir para o Amazonas, depois Guiana Francesa e Suriname.

No entanto, em Natal, no Rio Grande do Norte, resolveram conhecer a costa maranhense. “Quando estávamos na cidade, eu vi as fotos da areia e da água azul e um dia ele [perguntou], 'você quer ver?' e então nós viemos”, contou.

O corpo de Ronald François Wolbeek foi liberado pelo Instituto Médico Legal no começo da semana. e será cremado, atendendo um desejo da família. Os restos mortais do holandês só devem ser transportado para a Holanda após a cremação.

O procedimento só será realizado após a liberação da Polícia Federal, que deve acontecer até segunda-feira. As despesas do funeral foram avaliadas em dois mil euros (cerca de R$ 6 mil).

*Com informações da TV Mirante

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