SÃO LUÍS - As brincadeiras de criança mudaram no decorrer dos anos. Celulares e tablets viraram sinônimos de diversão e tomaram o lugar de jogos de futebol e pular corda com os amigos, deixando cada vez mais meninos e meninas ociosos. As atividades físicas, que na infância são fundamentais para o desenvolvimento motor e a estimulação das funções, estão ficando em segundo plano. Segundo a pediatra Nazaré Pinheiro, crianças que não são estimuladas fisicamente desde pequenas, são prejudicadas. "A criança deve se movimentar, exercitar os músculos, correr, pular, brincar, porque tudo isso ajuda na atividade motora", afirma. Mas ela ressalta, ainda, que exercícios físicos para crianças devem ser monitorados e com indicações individualizadas para cada criança. "O professor deve sempre respeitar a capacidade e a idade de cada criança na hora da realização dos exercícios", acrescenta.

Doenças como obesidade, colesterol alto, hipertensão, entre outras, que têm atingido as pessoas mais cedo, inclusive na infância, poderiam ser amenizadas ou evitadas se pais ou responsáveis legais pelas crianças compreendessem que as atividades físicas são essenciais para o desenvolvimento das crianças.

"Os pais devem colocar limites nos filhos com relação ao uso de tecnologias, cuidar da alimentação acrescentando frutas, legumes e verduras e evitando o consumo excessivo de fast food, doces, frituras e comidas gordurosas", ressalta a pediatra. A partir de 1 ano e meio, as crianças já podem fazer exercícios físicos. Nos primeiros anos de vida, é importante que as atividades tenham caráter lúdico, sem competitividade, correr e brincar de bola são suficientes.

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