SÃO LUÍS - Com a proximidade do período de chuvas na capital, que ocorre, normalmente, entre os meses do final e início do ano, a Prefeitura de São Luís está reforçando as ações de combate à dengue. Serão desenvolvidas ações pontuais para evitar a transmissão da doença nos bairros do Centro, Bequimão, Tirirical e São Francisco. Eles foram identificados pela Secretaria de Saúde (Semus) como as localidades com maior presença do vetor responsável pela doença.
A Semus utilizou como base do mapeamento o modelo de Levantamento Rápido de Infestações do Aedes Aegypti (LIRA), produzido pelo Ministério da Saúde, que mede a taxa de infestação pelas larvas do mosquito em cada região. A Vigilância Sanitária verificou, por amostragem, 34 regiões da cidade, o que corresponde entre 8 mil a 12 mil residências.
O Centro é o local onde os índices são mais altos, ficando bem acima da média municipal. Segundo o coordenador do Programa Municipal de Combate à Dengue, Pedro Tavares, dois fatores contribuem para os números obtidos: a falta de água constante que obriga os moradores a fazerem a reserva da mesma (muitas vezes de forma inadequada) e a existência de um cemitério na região.
De acordo com Pedro Tavares, atualmente 337 agentes de endemias desenvolvem rotinas diárias de identificação e eliminação dos criadouros do mosquito. Além disso, mais 32 profissionais realizam a nebulização espacial (fumacê) e 12 equipes trabalham em pontos especiais como cemitérios, ferros-velhos, entre outros locais. Contabilizando os profissionais de coordenação e da área administrativa, cerca de 500 servidores trabalham diretamente na guerra contra a doença.
Essa semana a equipe da Vigilância Epidemiológica e Sanitária da Semus esteve reunida com técnicos do Ministério da Saúde para avaliar o Plano Municipal Contra a Dengue e avaliar as rotinas de trabalho empregadas. Com isso, a Secretaria de Saúde aderiu ao Plano Nacional de Contingenciamento da Dengue que trará, além de outros benefícios, a possibilidade de informatização das equipes, capacitação e o aporte de novos recursos.
Do recurso federal destinado às ações de vigilância, 20% devem ser destinados especificamente para o enfretamento da dengue. Além desse expediente, mais de dois milhões de reais já estão garantidos para o combate à doença, e a disponibilização de palmtops (microcomputadores de mão) para as equipes de endemias também foi garantida. Os equipamentos aumentarão a velocidade no repasse de informações que são coletadas hoje através de boletins manuscritos.
A capacitação dos Agentes de Saúde, segundo Tavares, também será uma importante estratégia no combate à doença. “São eles que vão de casa em casa e precisam ampliar ainda mais esta relação com a sociedade. Vamos investir em capacitação para melhorar a comunicação existente hoje e transformá-los em multiplicadores dessa conscientização tão necessária”, afirmou.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Cesar Felix, a partir de agora, com a identificação das regiões prioritárias serão reforçadas as ações de tratamento dos focos de forma mais efetiva. “Nós conseguimos bons resultados no combate à dengue este ano e iremos reforçar as ações de campo para que este controle seja cada vez mais eficaz”, destacou.
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