São Luís

Orquestra Histórica dos 400 anos em recital no fim de semana, em São Luís

Evento que recebeu o nome de A Grande Música do MA está inserido dentro dos projetos Viva 400.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 12h14

SÃO LUÍS - A Orquestra Histórica dos 400 se apresenta nesta sxta-feira (14), na Catedral Metropolitana da capital maranhense (Praça Dom Pedro II), e no sábado (15), na Igreja Nossa Senhora de Nazaré (Cohatrac), e domingo, no Teatro João do Vale (Praia Grande). As apresentações ocorrem sempre às 19h, e fazem parte das comemorações do quartocentenário de 400 anos de São Luís.

A apresentação recebeu o nome de A Grande Música do Maranhão e está inserida dentro dos Projetos Viva 400, uma iniciativa do Convention & Visitors Bureau, com patrocínio da Vale e do Banco da Amazônia.

Entre as peças, serão executadas três obras instrumentais, com a Marcha Fúnebre, de Francisco Libânio Colás, do século XIX, e a Ária da quarta corda da suíte número 3, de Johann Sebastian Bach. O encerramento será instrumental, com Obertura Coreolano, de Beethoven. Na parte de piano e octeto, será executada Missa Solene, do compositor maranhense Antônio Rayol.

Para a orquestra sinfônica e o coro de solistas, ficou reservada a peça Dous Psalmos, de Leocádio Rayol, irmão de Antônio Rayol. Além disso, será executada também a música mais antiga do Maranhão, provavelmente produzida no século XVIII, intitulada Missa Defunctorum. Os cantores líricos estarão sob a direção de Victor Vieira e o acompanhamento será da pianista Rosemary Fontoura.

Para chegar à formação final do espetáculo musical, foram meses de produção, ensaios e preparativos para reunir cantores, músicos e profissionais reconhecidos em todo o Brasil. Além das apresentações gratuitas ao público, o concerto será registrado em DVD e integrará parte da coletânea do projeto.

O concerto A Grande Música do Maranhão tem o objetivo de recuperar a memória musical da cidade Patrimônio Cultural da Humanidade. Serão catalogadas 400 músicas mais relevantes nesses quatro séculos e registradas em 20 CDs. Além das gravações, o projeto está recuperando e transcrevendo as partituras mais importantes de compositores do período imperial do Maranhão, como os irmãos Leocádio, Alexandre e Antônio Rayol, que terão suas obras publicadas em edição de luxo.

Inspiração - A inspiração para o trabalho vem do Inventário de João Mohana, intelectual, sacerdote, escritor e pesquisador musical que registrou 3 mil obras em todo o território maranhense, resultando na mais importante coleção musical do Meio-Norte brasileiro.

João Miguel Mohana, que morreu no dia 12 de agosto de 1995, foi um padre, médico e escritor brasileiro, compositor e um entusiasta da cultura maranhense. Seus pais, Miguel e Anice Mohana, eram imigrantes libaneses. João Mohana viveu nas cidades de Coroatá, Bacabal e Viana até o fim de sua adolescência, quando decidiu trasladar-se para São Luís a fim de iniciar seus estudos secundários.

No final da década de 1940, Mohana foi estudar Medicina na Universidade Federal da Bahia. Em 1952, lançou seu primeiro livro, o romance O outro caminho, pelo qual recebeu o prêmio Coelho Neto da Academia Brasileira de Letras. Apesar de ter sido obrigado a seguir medicina, sua grande vocação era o sacerdócio e, em 1955, após a morte de seu pai, entrou para o Seminário de Viamão, no Rio Grande do Sul, tornando-se padre em 1960. Em 1970, foi eleito membro da Academia Maranhense de Letras, ocupando a cadeira n° 3.

Na capital maranhense, o padre desenvolveu importante atuação cultural, como presidente da Ação Católica, arregimentando novos talentos em torno do teatro, cinema, música e literatura, visando nova linguagens, movimento vitorioso com a revelação de valores que passariam a figurar no cenário cultural brasileiro.

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