MOA

Procon orienta como fãs do heavy metal podem exigir ressarcimento

Para entidades de Turismo, o prejuízo causado à imagem da capital maranhense é incalculável.

Maurício Araya/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h23

SÃO LUÍS – Após um fim de semana de fracasso do Metal Open Air (MOA) e de transtornos e decepções, fãs do heavy metal que vieram a São Luís, agora, tentam um retorno tranquilo para seus destinos. Em frente ao aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado, muitos "metaleiros" acamparam, após serem retirados do Parque Independência, onde ocorreu parte da programação prevista pela organização do festival. Muitos deles, reclamam da falta de infraestrutura do local, de falta de informações prestadas por parte das produtoras do evento, e da falta de segurança.

Na página oficial do evento no Facebook, internautas demonstraram a preocupação com a imagem do país. Um dos internautas, que mora no Chile, revela sua preocupação com a realização do The Metal Fest, que ocorre nos dias 28 e 29 na Movistar Arena, em Santiago. Grande parte das bandas que se apresentariam em São Luís estão na programação do festival na capital chilena.

De acordo com o vice-presidente do São Luís Convention & Visitors Bureau (SLC&VB), Nan Souza, os prejuízos com a imagem da capital maranhense são incalculáveis. "Uma imagem se constrói ao longo de muito tempo, de muitas providências acertadas, de pesquisas, de todo um conjunto operacional, para que a gente divulgue o produto. Não dá para fazer um evento ‘na onda’. Tem que se fazer o evento com base em planejamento, na análise das ferramentas, da logística da cidade, do espaço, tendo em vista a dimensão humana. Não se pode fazer um evento achando que quem vai ali não é um ser humano", afirmou em entrevista ao portal Imirante na manhã desta segunda-feira (23).

Ressarcimento

No fim de semana, a Gerencia de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) realizou atendimento aos participantes do evento no Parque Independência. De acordo com o gerente do Procon, Kleber José Moreira, os trabalhos foram iniciados antes mesmo da realização do MOA. "Quase um mês antes do evento, o Procon, já se preocupando com um evento desse porte, tentou notificar a empresa, já que no site não havia informações sobre telefone fixo, móvel ou, ao menos, de endereço. O Procon, dessa forma, notificou a empresa nos postos de venda de ingressos", disse.

Na quinta-feira (19), o Procon, o Corpo de Bombeiros e a Vigilância Sanitária fizeram uma inspeção ao local, onde foram constatadas diversas irregularidades. "Ficou acordado que eles (os organizadores) iriam cumprir diversas exigências. Algumas, de fato, eles cumpriram. Na sexta-feira, foram constatadas outras irregularidades, como ausência de segurança, o fato do pessoal do camping estar dormindo em cima do esterco de animal, não ter um local para comprar alimentos, já que os alimentos estavam muito caros, venda casada, dentre outras", comenta.

O gerente do Procon orienta os consumidores a guardar toda a documentação, como tíquete de embarque, ingressos e pulseiras, e procurar os órgãos de defesa do consumidor em seus Estados. Para pedir o ressarcimento, os consumidores devem entrar com uma ação judicial, reunindo todas as provas, contra os organizadores do evento. Em São Luís, a sede do Procon fica na rua do Egito, Centro.

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