São Luís

Metal Open Air: representante de produtora vai ser ouvido na próxima semana

Não está descartada acareação entre realizadores do festival.

Maurício Araya/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h22
 Foto: Flora Dolores/O Estado.
Foto: Flora Dolores/O Estado.

SÃO LUÍS – Nessa terça-feira, o empresário Natanael Júnior, representante da Lamparina Produções, uma das produtoras responsáveis pela realização do festival Metal Open Air (MOA), participou de uma reunião, durante, aproximadamente, uma hora, no Ministério Público, em São Luís. Durante a reunião, o representante da Lamparina afirmou que as bandas – ao todo 39 – estavam em São Luís e, quase a totalidade, foram pagas. Ele afirmou que o registro em hotéis da cidade pode ajudar a provar isso. Na próxima semana, Natanael voltará a ser ouvido em depoimento. O fim de semana do MOA foi de transtornos e decepções para os fãs do heavy metal que vieram a São Luís. Muitos deles reclamaram da falta de infraestrutura do local, de falta de informações prestadas por parte das produtoras do evento, e da falta de segurança.

O caso será investigado, num prazo de até 30 dias, por uma comissão formada pelas delegacias de Costumes, Turismo, Defraudações e do Consumidor, coordenada pela Superindendência de Polícia da Capital. O objetivo, agora, é reunir provas. A superintendência já determinou que uma equipe vá a São Paulo com o objetivo de ouvir representantes da Negri Concerts, co-realizadora do MOA.

Segundo a delegada Uthânia Moreira Lima, titular da Delegacia do Consumidor (Decon), grande parte dos consumidores que procuraram a delegacia eram dos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. "Ele atribui parte da responsabilidade ao sócio, Felipe Negri, que teria tentado extorquir dinheiro dele, tentando alterar um contrato firmado anteriormente entre eles", afirmou em entrevista ao portal Imirante na manhã desta segunda-feira (23). Não está descartada uma acareação entre os realizadores do festival.

Conforme a delegada, os responsáveis pelo evento podem ser indiciados por crimes contra o consumidor, formação de quadrilha e estelionato.

Ressarcimento

Na segunda-feira (23), em entrevista ao Imirante, o titular da Gerencia de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), Kleber José Moreira, orientou os consumidores a exigir o ressarcimento. Segundo ele, os consumidores devem guardar toda a documentação, como tíquete de embarque, ingressos e pulseiras, e procurar os órgãos de defesa do consumidor em seus Estados.

Ainda de acordo com a delegada Uthânia Moreira Lima, é importante que os consumidores façam o registro do boletim de ocorrência. Consumidores lesados ainda podem buscar orientações na Decon, que fica na rua das Paparaúbas, bairro São Francisco, em São Luís. Os telefones de contato são: (98) 3214-8665 e (98) 3214-8666.

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