SÃO LUÍS - A principal reclamação de quem utiliza o transporte alternativo diz respeito ao estado em que está uma parcela significativa da frota de veículos que presta esse serviço. Atualmente, muitas vans que atuam no sistema trafegam com pneus-carecas, portas quebradas, poltronas destruídas, além de outros problemas, o que compromete a segurança de quem utiliza diariamente o serviço.
- Temos de enfrentar todo dia esse tipo de problema. Isso é um desrespeito com o passageiro - desabafou Ivanilde Silva Oliveira, usuária frequente do transporte alternativo. Ela contou que são poucas as vezes em que utiliza o serviço com veículos em boa condições de uso.
Outra reclamação de usuários é com relação à superlotação. As vans que integram o sistema têm capacidade para conduzir 42 passageiros - 22 sentados e 20 em pé. No entanto, muitos motoristas trafegam com capacidade muito acima da permitida, comprometendo ainda mais a segurança dos passageiros. "Nós ainda somos obrigados a suportar a falta de educação dos motoristas que fazem os passageiros a se espremerem dentro das vans", reclamou o autônomo Edilson de Jesus Rios.
Em decorrência da falta de fiscalização para o transporte alternativo, existem vans que, à noite, operam no centro urbano de São Luís, o que foge do itinerário normal e autorizado a esses veículos.
De acordo com José Afonso Alves, presidente da Federação das Cooperativas de Transporte Alternativo do Estado do Maranhão (Fectama), o atual sucateamento do serviço acontece principalmente por causa dos veículos que operam, clandestinamente, no transporte alternativo da capital.
Segundo ele, os veículos que não são cadastrados nas cooperativas de transporte alternativo da cidade estão em péssimo estado de conservação, fato que, de acordo com o presidente da Fectama, mancha a categoria. "Ficamos impossibilitados de oferecer um transporte alternativo de qualidade com essa grande quantidade de veículos clandestinos que tomam o nosso espaço", afirmou José Afonso Alves.
Regulamentação - O supervisor de terminais rodoviários da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra), Gedeão Neves, explicou que a secretaria está trabalhando para fazer a regulamentação do transporte alternativo na cidade para evitar a defasagem no serviço.
O prazo para que os representantes das cooperativas que prestam este tipo de transporte entregassem a documentação necessária para a regulamentação expirou em junho do ano passado.
No entanto, Gedeão Neves frisou que a demora na regulamentação deve-se principalmente, à falta de profissionais na própria secretaria para realizar este trabalho. A Sinfra já cadastrou 1.428 veículos do serviço de transporte alternativo em todo o Estado.
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