Maranhão

Intensificado combate a focos de esquistossomose

No Maranhão, uma média de 4.000 pessoas são infectadas pelo caramujo por ano.

Atualizada em 27/03/2022 às 12h52

SÃO LUÍS - A Secretaria de Estado da Saúde (SES) deu início nesta segunda-feira (12), à 1ª Capacitação em Malacologia do Estado. O curso está acontecendo no auditório da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), bairro da Jordoa, e se estenderá até esta sexta-feira (16). Estão participando da capacitação as 18 regionais da SES, em especial os 47 municípios das regiões de Pinheiro, Viana e Zé Doca, que já são focos registrados de esquistossomose no Maranhão.

O curso tem como objetivo capacitar os participantes na identificação dos caramujos transmissores da doença no estado. “É preciso conhecê-lo melhor e disseminar este conhecimento. Sabendo mais sobre aquele que transmite podemos melhorar o controle da doença no estado”, explica o superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Henrique Jorge Santos.

A doença

A esquistossomose é transmitida no Maranhão por duas espécies de caramujos diferentes: o straminea e o glabrata. A identificação deles nas áreas afetadas pela doença e em possíveis focos facilita o controle e tratamento da doença.

“A capacitação irá aperfeiçoar o programa e orientar o combate onde realmente estão os casos da doença”, explica o coordenador do programa estadual de combate a esquistossomose, Benedito Coelho. Além do estudo do transmissor em si, o curso fará um resgate das informações sobre a doença, como sintomatologia e tratamento.

No Maranhão, uma média de 4.000 pessoas são infectadas pelo caramujo por ano, número considerado muito alto para a doença. “Conhecendo como se dá a dispersão do caramujo, faremos um levantamento sobre a doença, mostrando um retrato mais fiel da doença do estado”, diz Coelho.

Mesmo sem casos registrados da doença, um município pode ter caramujos transmissores, transformando-o em um possível foco da doença. “O grande sucesso do programa foi eliminar os casos graves da doença. Com este treinamento poderemos focar também o combate direto no transmissor da doença”, informa Henrique Jorge.

As regionais de saúde participarão ainda de uma atividade prática durante a capacitação, onde visitarão os bairros do Sá Viana e Parque Amazonas. Lá poderão identificar a presença de caramujos, além de reconhecer áreas que podem conter os transmissores da doença. No fim do curso, será apresentado um plano de ação para o combate e controle da doença focado em seu transmissor. “Neste plano terá diretrizes de como identificar a doença e o que fazer em caso de confirmações de casos no município”, explica Benedito Coelho.

A esquistossomose, popularmente conhecida como barriga d’água, é transmitida por meio das larvas do parasita Schistosoma que ficam alojadas no caramujo. Elas são originárias dos ovos eliminados de fezes e urina da pessoa contaminada. “A maioria das áreas com focos da doença é desprovida de saneamento básico, o que coloca a população dependente da água sem tratamento, de lagos e rios”, indica Coelho.

As informações são da Secom do Estado.

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