MEC reconhece que faltam escolas técnicas federais e promete mais 60

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 14h12

Belo Horizonte - O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC), Eliezer Pacheco, admite que a rede federal ainda é pequena. Mas afirma que até o final de 2007, 60 unidades devem ser integradas às 144 atuais - 42 serão construídas e 18 que já existem serão transferidas para o governo federal por meio do Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep).

“Temos uma grande qualidade, mas não temos a quantidade necessária para o nosso país. Podemos nos orgulhar do trabalho da rede federal de educação profissional e tecnológica, mas esta rede ainda é muito pequena. A meta do governo é de que não haja nenhuma cidade-pólo no país que não tenha uma extensão”, disse Pacheco durante a 1ª Jornada Científica de Educação Profissional e Tecnológica do Mercosul, que integra o 3º Fórum Educacional do Mercosul, que segue até sexta-feira (24), em Belo Horizonte.

Com o argumento de que o ensino médio regular serve “apenas de trampolim para alguns alunos ingressarem na universidade”, Pacheco defende que o ensino médio seja acompanhado de formação profissional. “Nós temos, hoje, no Brasil, apenas 11% dos jovens com idade de freqüentar uma universidade matriculados em cursos superiores. E os outros, para onde vão?”.

O diretor-geral do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Minas Gerais, Flávio Antônio dos Santos, faz a ressalva de que é necessário crescer, mas “com qualidade”.

Responsável pela coordenação da maioria das unidades do interior de Minas Gerais, estado com o maior número de escolas profissionalizantes - seis Cefets e sete agrotécnicas em 21 municípios, segundo ele –, Santos afirmou que, nos últimos dois anos, houve um acréscimo significativo nos recursos investidos. Mas ressaltou que houve também aumento no número de alunos matriculados, e que é preciso investir mais em recursos humanos e infra-estrutura para manter a qualidade.

A diretora de Educação Técnica do Paraguai, Judith Iriarte, apontou dificuldades comuns entre os dois países, como capacitação de professores e obtenção de financiamento para infra-estrutura e equipamento.

“Estamos iniciando um processo de reforma da educação técnica, nos níveis médio e superior. Por isso precisamos deste intercâmbio permanente com os países da região que têm maior experiência. Temos de levar em consideração a realidade. O Paraguai integra uma região composta por países com maior desenvolvimento industrial”, afirmou Judith.

Além de conferências e debates sobre a situação e desafios para a educação profissionalizante, também faz parte da 1ª Jornada Científica uma mostra de trabalhos científicos e tecnológicos de estudantes brasileiros, argentinos, paraguaios, uruguaios, bolivianos e chilenos.

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