ECONOMIA

Dívida Pública Federal aumenta e alcança R$ 6,7 trilhões em abril

Elevação ocorre apesar de significativos vencimentos de títulos no período.

Ipolítica

A Dívida Pública Federal (DPF) é a dívida contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do Governo Federal;
A Dívida Pública Federal (DPF) é a dívida contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do Governo Federal; (Depositphotos)

BRASÍLIA - Em abril, a Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil registrou um aumento, ultrapassando os R$ 6,7 trilhões. Segundo o Tesouro Nacional, que divulgou os dados nesta quarta-feira (29), a DPF subiu de R$ 6,638 trilhões em março para R$ 6,704 trilhões, um acréscimo de 0,99%. Esse crescimento ocorreu mesmo com um volume considerável de vencimentos de títulos no mês.

Conforme o Plano Anual de Financiamento (PAF), publicado no final de março, espera-se que a dívida encerre o ano entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões, estando atualmente abaixo dessas projeções.

A Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi) teve um incremento de 0,97%, passando de R$ 6,362 trilhões para R$ 6,423 trilhões. Esse aumento foi impulsionado principalmente pela emissão líquida positiva de R$ 10,18 bilhões em títulos, sobretudo aqueles indexados à taxa Selic, e pela apropriação de R$ 51,62 bilhões em juros.

A taxa Selic atual de 10,5% ao ano contribui para o aumento do endividamento através da apropriação mensal de juros. No cenário internacional, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) cresceu 1,37%, de R$ 276,73 bilhões para R$ 280,51 bilhões, influenciada pela valorização de 3,51% do dólar. Apesar do vencimento de um título de R$ 6,706 bilhões, o dólar mais alto impulsionou o aumento da dívida externa.

O prazo médio da dívida aumentou de 4,11 para 4,13 anos, refletindo uma maior confiança do mercado na gestão da dívida pelo governo. As instituições financeiras mantêm a maior parcela da DPF interna, com 29,2%, seguidas por fundos de pensão (23,5%) e fundos de investimento (23%).

A participação de não residentes na dívida diminuiu de 10,2% em março para 9,8% em abril, em meio a turbulências nos mercados financeiros globais.

A dívida pública é essencial para o financiamento das atividades governamentais, permitindo que o governo capte recursos de investidores para honrar compromissos financeiros, com a promessa de reembolso futuro, geralmente corrigido.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.