SÃO LUÍS - O Ministério Público do Maranhão, por meio do procurador de Justiça José Argolo Ferrão Coelho, posicionou-se contrariamente ao pedido de hábeas corpus de Kerly Vieira Silva, um dos envolvidos nos atos de vandalismo ocorridos em Santa Luzia em primeiro de janeiro deste ano.

Atualmente, Kerly Silva encontra-se em liberdade, graças a uma liminar deferida pelo desembargador Milson Coutinho, recentemente aposentado. O motivo para a concessão da liminar seria uma cirurgia a ser realizada por Kerly no Hospital Sarah, em São Luís, e que estaria marcada desde antes de sua prisão.

Para o procurador de Justiça, os motivos alegados por Kerly Silva são improcedentes – constrangimento ilegal, demora no andamento do processo e inexistência de provas que comprovassem sua participação nos atos de vandalismo. Kerly foi denunciado pelo MP pelos crimes de dano triplamente qualificado, destruição de documentos públicos, livros oficiais e processos, incitação ao crime e formação de quadrilha, entre outros.

Além disso, o procurador de Justiça Argolo Ferrão afirma que a soltura do acusado trará riscos de perturbação da ordem pública e de ocorrência de outros atos de vandalismo em Santa Luzia. Por esses motivos o Ministério Público solicita da Justiça a cassação da liminar concedida e a negação do pedido de hábeas corpus.

SITUAÇÃO ATUAL: De acordo com o promotor de Justiça Joaquim de Sousa Júnior, boa parte das 64 pessoas denunciadas pelo Ministério Público continuam foragidas. Outras seis conseguiram liminares na Justiça, garantindo suas liberdades provisórias. Apenas cinco pessoas permanecem, efetivamente, presas.

Os denunciados que estão sendo citados têm prazo de dez dias para apresentar suas defesas. A partir daí o processo segue seu curso na Justiça. Os processos daqueles que estão foragidos estão suspensos, mas as prisões continuam decretadas.

As informações são do Ministério Público

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