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Trump e Putin se encontram no Alasca em busca de cessar-fogo na Ucrânia

Encontro ocorreu nesta sexta-feira (15), em Anchorage, no Alasca.

Imirante.com

Atualizada em 15/08/2025 às 23h55
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. (Divulgação / White House)

ANCHORAGE (ESTADOS UNIDOS) - Nesta sexta-feira (15), os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Vladimir Putin, da Rússia, protagonizaram um encontro histórico na Base Conjunta Elmendorf-Richardson, em Anchorage, no Alasca. A reunião, marcada por simbolismos da Guerra Fria e tensões geopolíticas, teve como principal objetivo discutir um possível acordo de cessar-fogo na guerra da Ucrânia, que já dura mais de três anos e meio.

O encontro começou com uma recepção calorosa a Putin, que pisou em solo ocidental pela primeira vez desde o início da invasão à Ucrânia em 2022. Trump, anfitrião do evento, recebeu o líder russo com uma passadeira vermelha e aplausos, apesar das críticas internacionais. A reunião foi inicialmente anunciada como um tête-à-tête entre os dois presidentes, mas acabou contando com a presença de suas respectivas comitivas, incluindo figuras como Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, e Sergei Lavrov, chanceler russo.

A escolha do Alasca como palco do encontro não foi aleatória. A base militar onde ocorreu a reunião tem um passado ligado à espionagem da antiga União Soviética, e o próprio Lavrov chegou ao local vestindo um moletom com o acrônimo “CCCP”, evocando o clima da Guerra Fria. Além disso, o Alasca tem uma conexão histórica com a Rússia, tendo sido vendido aos Estados Unidos no século XIX, o que adicionou mais uma camada simbólica às negociações.

Durante as conversas, Trump afirmou que o objetivo era “sondar” as intenções de Putin e que não hesitaria em encerrar a reunião rapidamente caso não houvesse disposição russa para um acordo. Putin, por sua vez, manteve sua posição firme, exigindo que a Ucrânia ceda territórios ocupados como condição para o cessar-fogo. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não foi convidado para o encontro e já declarou que não aceitará qualquer decisão tomada sem a participação de seu país.

O impacto do encontro reverberou além da esfera diplomática. O agronegócio brasileiro, por exemplo, acompanha com atenção os desdobramentos, temendo sanções dos EUA contra países que mantêm relações comerciais com a Rússia, como o Brasil, grande importador de fertilizantes e diesel russos. Embora não tenha havido anúncio oficial de um acordo, Trump indicou que poderá convocar uma nova cúpula com a presença de Zelensky, sinalizando que o caminho para a paz ainda está em construção.

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