LA PALMA (ESPANHA) - Um total de 60 tremores foi registrado na ilha de La Palma (Canárias) desde a zero hora (horário local) de hoje (14), um deles de 4,5 graus, o maior sentido até agora desde que começou a erupção do Vulcão Cumbre Vieja, há 26 dias.
Segundo o Instituto Geográfico Nacional espanhol (IGN), a atividade sísmica aumentou nas últimas horas na ilha. depois de ter diminuído ligeiramente nessa quarta-feira (13).
Três dos 60 terremotos registrados foram sentidos pela população, tendo o de maior magnitude ocorrido às 2h27 (horário local) em Mazo, com magnitude de 4,5 na escala Richter, a uma profundidade de 37 quilômetros (km), após outro de 4,1 graus, na mesma cidade e à mesma profundidade.
O terceiro mais forte foi sentido em Fuencaliente, com magnitude de 3,6 graus e profundidade de 10 km.
As autoridades determinaram a retirada dos moradores de um novo bairro no município de Los Llanos de Aridane, na ilha de La Palma, devido ao avanço do último fluxo de lava gerado pela erupção do Cumbre Vieja.
Segundo fonte do governo regional das Canárias citada pela agência espanhola Efe, estima-se que essa nova retirada afete cerca de 15 pessoas que vivem na área.
Esta é a segunda evacuação feita em apenas 24 horas devido ao avanço do novo deslizamento de terra que se formou nos últimos dias a norte do principal, depois de cerca de 800 moradores do bairro de La Laguna terem sido orientados a abandonar suas casas na terça-feira (12) à tarde.
Os indicadores monitorados por cientistas no vulcão de La Palma, especialmente as emissões de dióxido de enxofre, sugerem que o fim da erupção não vai ocorrer a curto ou médio prazo, segundo a porta-voz do comitê científico do Plano de Emergência Vulcânica das Ilhas Canárias (Pevolca).
Segundo as medições do sistema de satélite europeu Copernicus, a lava ocupa 656 hectares e já afetou 1.541 construções, das quais 1.458 foram destruídas.
Uma nuvem de dióxido de enxofre, emitida pela erupção do vulcão atingiu a Península Ibérica e deverá estar na atmosfera até esta sexta-feira (15), informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Usando previsões do Serviço de Monitoramento Atmosférico do programa de observação por satélite europeu Copernicus, a entrada de dióxido de enxofre" está acima dos 3 mil metros de altitude, "não afetando por isso as concentrações desse gás na superfície".
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