MARANHÃO – Quatro pessoas de São Paulo foram presas, de forma preventiva, na manhã desta quinta-feira (18), investigadas por aplicarem golpes em dezenas de vítimas maranhenses. Segundo a polícia, o grupo praticava o crime de estelionato na modalidade eletrônica, ao se passar pela central de segurança de instituições financeiras para roubar valores das vítimas, ação criminosa conhecida como ‘golpe da falsa central’.
Ao iniciar as investigações, a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) constatou que os investigados também são suspeitos de praticarem lavagem de dinheiro, além de ostentarem itens e veículos de luxo em suas redes sociais pessoais.
“Os suspeitos enviavam torpedos de sms, como se fosse uma mensagem da central de banco, dizendo ‘olha, você fez uma compra no valor de R$ 2.980,00 através do seu banco, se você não concorda ou não realizou essa compra, clique aqui ou ligue em tal número para contestar’”, explicou o delegado Guilherme Campelo, que é chefe do Departamento de Combate à Crimes Tecnológicos (DCCT), em entrevista a repórter Alessandra Rodrigues, da Mirante AM.
Segundo o delegado, após se passarem pela central do banco para tentarem “solucionar” a suposta transação fraudulenta feita em nome da vítima, eles acabavam fazendo com que as pessoas realizassem empréstimos bancários e finalizavam com transferências via pix da conta das vítimas para contas laranjas.
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A operação, batizada de ‘Call Center do Crime’, efetuou as prisões em São Paulo, Estado onde residem os investigados, em uma ação conjunta entre as polícias civis do Maranhão e de SP. Entre os quatro presos, estão uma mãe e seus dois filhos. Um quinto homem suspeito de envolvimento ainda está foragido.
Os presos foram identificados como Igor Manoel Bezerra de Oliveira (27 anos), Islanny Bezerra de Oliveira, Ivanilza Bezerra da Silva (48 anos) e Anderson Cleiton Nogueira César (29 anos). Já o suspeito foragido foi identificado como Caio Bassioli, e também é de São Paulo.
Mais de R$ 2 milhões bloqueados
Segundo a PC-MA, eles serão investigados pelos crimes de estelionato na modalidade eletrônica, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Além do cumprimento dos mandados de prisão preventiva, os indivíduos tiveram eletrônicos, cartões de crédito e veículos apreendidos. A polícia também deu cumprimento a uma ordem de bloqueio no valor superior a R$ 2 milhões de reais.
Ostentação nas redes sociais
A polícia identificou que os investigados possuíam uma rotina de ostentação nas redes sociais, publicando fotos ao lado de veículos. Além disso, pela ferramenta ‘story’ do Instagram, eram divulgados links para jogos similares ao ‘jogo do tigrinho’, inclusive horas antes de ser deflagrada a operação.
“Foram apreendidos alguns veículos, motos avaliadas em mais de R$ 100 mil reais, então se verifica que com os ganhos obtidos por maneira ilícita, os criminosos gostavam de ostentar uma vida de luxo”, completa o delegado Guilherme Campelo.
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