MARANHÃO - Um total de 1.168 animais silvestres foram capturados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), somente este ano, em todo o Maranhão. Destes, cerca de 480 animais foram resgatados em São Luís, sendo que a maior parte são répteis, principalmente jacarés e cobras.
O trabalho é executado pelo Batalhão de Bombeiro Ambiental (BBA), que atribui à ação humana, o aparecimento dessas espécies em áreas urbanas. A atuação dos bombeiros tem impacto na preservação da vida destes animais, na educação ambiental junto às comunidades e na segurança pública.
Na lista de casos registrados este ano, em Imperatriz, no último sábado (16), uma cobra sucuri de quase três metros foi capturada. A sucuri estava dentro de um banheiro, em uma área de construção. No fim do mês passado, uma sucuri já havia sido capturada em uma estrada da cidade.
Também no fim de fevereiro, no município de Barreirinhas, equipes do CBMMA capturaram uma sucuri que havia atacado um homem e um cachorro. Já na cidade de Raposa, uma jiboia foi encontrada na garagem de uma residência. Em São Luís, no início deste mês, bombeiros militares capturaram uma jiboia que estava no quintal de uma casa, no Angelim.
“Estes animais acabam em áreas urbanas devido à expansão humana. Répteis como cobras, podem representar perigo se entrarem em áreas residenciais ou comerciais. Paralelamente, sem a intervenção adequada, podem ser feridos, causar acidentes ou até mesmo morrer. A captura pelos bombeiros garante a segurança e o bem-estar desses animais e da população”, explica o subcomandante do BBA, capitão Jhon Carvalho.
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Ao realizar a captura de répteis e outros animais, os bombeiros adotam cuidados, a fim de garantir a segurança, tanto das espécies, quanto da população. A situação é avaliada para determinar o tipo de animal envolvido, seu tamanho, comportamento e possíveis riscos no ato da captura.
As equipes utilizam equipamentos de proteção apropriados, como luvas resistentes, pinças de captura e recipientes seguros para transportar os animais, usando procedimentos adequados de manejo. “Utilizamos técnicas adequadas para minimizar o estresse ao animal e evitar ferimentos, tanto nele quanto nos envolvidos na captura”, diz o capitão Jhon Carvalho.
Após capturados, os animais são enviados ao Centro de Tratamento de Animais Silvestres (Cetas), onde ficam em quarentena, e posteriormente, são devolvidos ao seu ambiente de origem.
Ano passado foram registradas 3.893 ocorrências relacionadas à captura de animais. A presença destas espécies em espaços urbanos é reflexo da ocupação humana, que avança às áreas de vivência destes animais.
Orientações
Caso a população encontre espécies silvestres em áreas urbanas, o BBA orienta manter distanciamento, não tentar capturar o animal por conta própria - pois isso pode resultar em acidentes, proteger animais de estimação e acionar o Corpo de Bombeiros pelo 193.
“Nas situações em que os animais estão fora de seu ambiente natural, a atitude correta é ter redobrado cuidado, sobretudo com os peçonhentos, selvagens ou de grande porte. Caso sintam-se ameaçados, eles podem atacar o ser humano, resultando em algo mais grave. O melhor é manter distanciamento e aguardar a chegada do Corpo de Bombeiros", conclui Jhon Carvalho.
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