Violência em alta

Em um intervalo de quatro meses, quatro travestis mortas no Maranhão

Um dos últimos casos ocorreu na cidade de Raposa, enquanto, as outras ocorrências foram no Jardim das Margaridas, no Bacanga e em Timon.

Imirante.com

Atualizada em 26/03/2022 às 18h04
Soraia foi morta a golpes de faca dentro de sua residência, na Raposa.
Soraia foi morta a golpes de faca dentro de sua residência, na Raposa. (Divulgação)

MARANHÃO- Quatro travestis já foram mortas de forma violenta no Maranhão durante estes últimos quatro meses. Um dos casos ocorreu na noite de terça-feira (15), na cidade de Raposa e a vítima conhecida como social de Soraia, de 59 anos.

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A polícia informou que a vítima trabalhava como cabeleireira nessa localidade. No dia do crime, ela teve a residência, localizada na Vila Maresia, invadida pelos criminosos e acabou sendo morta a golpes de faca.

Os suspeitos fugiram levando vários objetos desse local. Os populares encontraram a vítima sem vida e acionaram as guarnições da Polícia Militar. O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga.

O caso é investigado pela equipe da Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP) como latrocínio (roubo seguido de morte). Até o começo da tarde desta quinta-feira (17) não havia registro de prisão dos acusados.

Foragido

A polícia continua realizando incursões na Ilha e no interior do Maranhão para prender Edmundo Silva Pereira. De acordo com a polícia, ele é o principal suspeita de ter matado a travesti Gabrielly Monteiro. O corpo da vítima foi encontrado dentro da quitinete do acusado, no Jardim das Margaridas, em São Luís, no dia 22 do mês passado.

Esse crime é investigado pela equipe do Departamento de Feminicídio, órgão da Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP). A delegada Wanda Moura declarou que já foi solicitada ao Poder Judiciário a prisão do suspeito e as buscas continuam sendo realizadas com o objetivo de localizá-lo com rapidez.

Ato de barbárie

Segundo a polícia, no dia 23 de janeiro deste ano, a travesti, identificada como Paulinha, de 31 anos, foi brutalmente assassinada a pedradas, pauladas e a golpes de faca em plena praça Higino Cunha, no bairro Formosa, em Timon.

A vítima estava despida e com um pedaço de madeira na boca. No corpo dela apresentava várias marcas de violência, principalmente, na cabeça. O caso está sendo investigado pela delegacia dessa cidade.

Arma branca

No dia 18 de dezembro do ano passado, de acordo com a polícia, foi assassinada a travesti Lara Viny, nas proximidades da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), no Bacanga. Ela foi encontrada despida e com um corte profundo no pescoço.

Ainda segundo a polícia, a vítima teria discutindo com um homem, nome não revelado, que fugiu em uma motocicleta. A equipe da SHPP que está investigando esse crime.

Saiba mais

Os canais para denunciar crimes contra a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais) são os plantões da Polícia Militar, a Ouvidoria de Direitos Humanos, Igualdade Racial e Juventude - (98) 9104-4558 - e o Disque 100. Além da Delegacia de Crimes de Intolerância.

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