Direitos Humanos

Comissão da AL investiga morte da jovem Tamires Pereira Viegas

Ela apareceu morta dentro da cela da delegacia regional de Porto Franco, no dia 8 de março.

Imirante, com informações da TV Mirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h41

SÃO LUÍS - As investigações sobre a morte de Tamires Pereira Viegas, de 19 anos. Ela apareceu morta dentro da cela da delegacia da região Tocantina. Ontem (17), o caso começou a ser investigado, também, pela Assembleia Legislativa (AL). A Comissão de Direitos Humanos da AL está inconformada com os relatos oficiais divulgados até agora sobre a morte da jovem. Em entrevista à TV Mirante, a presidente da comissão, deputada estadual Eliziane Gama, afirmou que a morte é muito estranha. De acordo com ela, os relatos levam a acreditar que ela teria se matado, mas a comissão não acredita nesta versão.

Tamires Pereira Viegas foi encontrada morta na delegacia do município de Porto Franco, a 800 km de São Luís, na madrugada do dia 8 de março. A jovem tinha sido conduzida por policiais militares à delegacia poucos minutos antes de morrer, depois de ter se envolvido em uma briga generalizada numa festa de Carnaval, na cidade de Campestre. O delegado de Porto Franco teria afirmado que Tamires se enforcou.

Os deputados que compõem a Comissão de Direitos Humanos passaram toda a tarde de ontem ouvindo pessoas que tinham alguma ligação com Tamires. A primeira a ser questionada na audiência foi a mãe da garota. Dona Josefa, ainda visivelmente abalada pela perda da filha, preferiu não falar com a imprensa. No depoimento aos parlamentares, ela reafirmou: não acredita que a filha tenha se matado. Além da mãe de Tamires, a comissão ouviu uma amiga da jovem, que estava com ela no momento da confusão.

A colega de Tamires preferiu não ser identificada por ser uma das testemunhas ouvidas pela polícia durante o inquérito. Os parlamentares esperavam, ainda, tomar os depoimentos do delegado Jackson Farias, que recebeu Tamires na delegacia regional de Porto Franco, e do delegado Eduardo Cardoso, que preside a investigação. Nenhum dos dois compareceu.

Durante a reunião, os deputados tiveram acesso a várias fotos tiradas por parentes de Tamires que trazem supostas evidências de espancamento. Joelhos, pernas, pescoço e braços da jovem tinham hematomas.

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