Direitos Humanos

Comissão quer esclarecer detalhes da morte de Tamires

Todos os depoimentos confirmam laudo do Icrim, que aponta que ela teria cometido suicídio.

Imirante, com informações da TV Mirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h41

IMPERATRIZ - Deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Maranhão estiveram em Porto Franco e Campestre, para ouvir pessoas em depoimento e tentar esclarecer a morte de Tamires Pereira Vargas, depois de ser presa por desacato à autoridade.

Veja, ao lado, na reportagem de Gil Santos e Macedo Neto.

Todos os depoimentos em Porto Franco e Campestre confirmam o laudo do Instituto de Criminalística (Icrim), de que Tamires teria cometido suicídio. Mas, segundo a comissão, a morte de Tamires ainda tem muitos detalhes a esclarecer.

Sete deputados vieram a Porto Franco, três deles integram a Comissão de Direitos Humanos. Na delegacia de polícia, os deputados conversaram com os presos que viram Tamires Pereira Vargas momentos antes dela morrer. Os presos confirmaram a versão de suicídio, mas disseram que ela chorava muito e reclamava de muita dor quando chegou à delegacia.

Na Câmara Municipal de Porto Franco os deputados ouviram as autoridades policiais envolvidas no caso O delegado Joaquim Farias disse que não chegou a ver Tamires viva. Estava dormindo quando foi avisado pelo carcereiro que a jovem havia cometido suicídio e que tomou todas as providências legais.

O delegado que investiga o caso garantiu que os laudos do Instituto Médico Legal (IML) e do Icrim, além dos depoimentos ouvidos até agora esclarecem que houve suicídio e que Tamires não teria sido espancada antes de morrer.

Os deputados, também, ouviram os policiais que fizeram a condução de Tamires que negaram ter praticado algum tipo de violência física. O carcereiro Luís Magno reafirmou que levou Tamires para a cela e que ela teria usado uma corda esquecida por um preso para se enforcar. Durante a audiência os deputados apontaram várias contradições entre os depoimentos e os laudos periciais. O médico legista que fez o exame cadavérico disse que todas as análises indicam morte por enforcamento sem o uso de violência sexual.

A comissão deve ouvir outros depoimentos antes de emitir um relatório e considera o caso ainda não esclarecido.

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