Operação Juriti

PF faz operação contra extração ilegal de madeira em terra indígena no MA e prende três pessoas

Segundo a PF, a madeira extraída ilegalmente dessa área protegida abastece serrarias e movelarias clandestinas localizadas no entorno.

Imirante.com, com informações da Polícia Federal.

Atualizada em 26/03/2022 às 18h57
Segundo a PF, a terra indígena Urucu-Juruá possui uma área de 13 mil hectares. (Foto: Divulgação / Polícia Federal)
Segundo a PF, a terra indígena Urucu-Juruá possui uma área de 13 mil hectares. (Foto: Divulgação / Polícia Federal)

ITAIPAVA DO GRAJAÚ - A Polícia Federal (PF) deflagrou, nessa quinta-feira (2), a operação 'Juriti', com o objetivo de combater a extração ilegal de madeira no interior da terra indígena UrucuJuruá, situada no município de Itaipava do Grajaú, distante 449 km de São Luís.

De acordo com a PF, foi realizado sensoriamento remoto da região e constatado, por meio dos alertas do Planet – Programa Brasil M.A.I.S., um incremento no desmatamento do território indígena no segundo semestre de 2021. Levantamentos também indicaram dois ramais madeireiros com intensa atividade madeireira ilegal e tráfego de caminhões carregados com toras.

Segundo a PF, a madeira extraída ilegalmente dessa área protegida abastece serrarias e movelarias clandestinas localizadas no entorno, principalmente no município de Grajaú, as quais processam, beneficiam e comercializam os insumos florestais oriundos da terra indígena Urucu-Juruá, infringindo a legislação, promovendo a degradação ambiental, a invasão em território indígena, expondo a população local a risco de doenças, bem como tornando escassos os recursos naturais da área para a subsistência dos povos indígenas.

Ainda de acordo com a PF, a terra indígena Urucu-Juruá possui uma área de 13 mil hectares e é habitada por uma população indígena de aproximadamente 1.500 membros da etnia Guajajara. D

Motosserras apreendidas na operação. (Foto: Divulgação / Polícia Federal)
Motosserras apreendidas na operação. (Foto: Divulgação / Polícia Federal)

Durante a operação Juriti, três suspeitos foram presos em flagrante delito pelo corte de árvores nativas no interior da terra indígena Urucu-Juruá e pelo uso de motosserra sem licença da autoridade competente. Eles deverão responder pelos crimes previstos nos artigos 50-A, 51 e 52 da Lei 9.605/98, com penas que podem chegar a seis anos de reclusão. Os conduzidos confessaram que haviam acabado de efetuar a derrubada de sete árvores de grande porte na reserva indígena e que voltariam com um caminhão para a retirada da madeira.

A PF também informou que foram apreendidas duas motocicletas, aparelhos celulares dos envolvidos e motosserra. As investigações terão continuidade. Participaram da Operação Juriti aproximadamente 25 servidores dos seguintes órgãos: Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Corpo de Bombeiros Militar (CBM)

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