IMPERATRIZ – Fonte de nutrientes indispensável para qualquer dieta, o leite nem sempre tem a qualidade dentro dos padrões sanitários e químicos. E foi pensando nisso que o professor a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em Imperatriz, Daniel Duarte Costa, está desenvolvendo uma ferramenta para testar a qualidade do leite consumido pelos maranhenses, a língua eletrônica.
“As cidades vizinhas Açailândia e Imperatriz são responsáveis por, aproximadamente, 72% do leite produzido no Maranhão, por isso decidimos explorar algo que é consumido em abundância, podendo ajudar a população de nosso Estado”, afirma o professor.
O objetivo é que o equipamento auxilie tanto produtores de leite e laticínios quanto os consumidores, por meio de análises físico-químicas em laboratório. “O sistema será automatizado utilizando inteligência artificial, o que vai permitir a qualquer usuário, com conhecimento básico em computação, operar a língua eletrônica”, disse.
De acordo com o pesquisador, a língua eletrônica, quando concluída, provará amostras de leite para determinar se o produto está apto ou não ao consumo. Em caso de negativo, ela ainda identificará quais alterações foram feitas.
“Esperamos poder determinar pelo menos três tipos de adulterantes muito comuns no leite: hidróxido de sódio (soda cáustica), peróxido de hidrogênio (água oxigenada) e ureia. Estas adulterações têm como objetivo estabilizar o leite, principalmente após a diluição em água, evitando que estrague”, explica Daniel Costa.
Ainda de acordo com o professor, essas substâncias, além de tornarem o produto nocivo à saúde, também influenciam na redução do valor nutricional do leite.
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