Pesquisa

Pesquisadora busca alternativas de utilização do pequi em Grajaú

O caroço e a casca do fruto podem ser utilizadas em novos produtos.

Imirante Imperatriz, com informações da assessoria.

Atualizada em 27/03/2022 às 11h46
(Reprodução / Internet )

GRAJAÚ – Ele tem aparência e sabor singulares e é bastante utilizado na culinária das cidades do cerrado. O pequi, uma espécie tipicamente brasileira, é encontrado comumente no cerrado maranhense e fonte de renda para muitas famílias por meio da atividade extrativista. Mas, atualmente, apenas a polpa do pequi é utilizada na mesa maranhense.

E foi pensando em alternativas sustentáveis de aproveitamento integral do alimento, que a pesquisadora Antônia de Sousa Leal, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Campus de Grajaú, começou um projeto de forma interdisciplinar que pretende propor meios de melhorar a utilização do pequi, agregando mais valor ao fruto e possibilitando mais renda às famílias que dele dependem.

Associar o valor alimentício e o potencial químico do fruto à produção de vários produtos é um dos objetivos da pesquisa. “Os produtos obtidos pelo aproveitamento integral do fruto do pequi favorecerão a valorização e preservação das espécies nativas, influenciando de forma positiva na renda das famílias”, explica Antônia Leal.

As partes antes descartadas, como o caroço e a casca, podem ser utilizadas para o desenvolvimento de novos produtos. De acordo com a pesquisadora, da casca do fruto do pequi pode ser extraída a pectina, um polissacarídeo de grande aplicação na área alimentícia e farmacêutica.

Ainda segundo Antônia, o caroço e a casca podem ser utilizados na obtenção de carvão ativado para fins de tratamento de água. Da polpa e amêndoa do pequi se extrai um óleo rico em constituintes químicos de aplicação na área farmacêutica e cosmetologia.

“O isolamento e aplicação desses produtos obtidos a partir do pequi poderiam agregar valor ao fruto através de uma cooperativa, ou uma pequena indústria de beneficiamento para coleta do pequi e separação de tais produtos, e sua comercialização para diferentes setores industriais”, destaca.

Para que o extrativismo do pequi possa se tornar uma atividade economicamente mais rentável para a comunidade local, um dos objetivos da pesquisa também é promover um processo educacional entre a população, levando conhecimento a partir dos resultados que forem obtidos após a pesquisa experimental, com palestras, encontros, concursos e produção de material didático-científico sobre o aproveitamento integral do pequi no âmbito acadêmico, escolar e comunitário.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.