IMPERATRIZ – A Câmara Municipal aprovou, na manhã desta quinta-feira (16), com 8 votos a favor e 6 contra, o Título de Cidadão Imperatrizense ao empresário Damião Benício dos Santos, ex-presidente do Cavalo de Aço, ex-secretário municipal de Imperatriz e um dos suspeitos da morte do ex-prefeito Renato Cortez Moreira.
O autor do projeto de decreto legislativo sobre a concessão da honraria, o vereador João Francisco Silva, defendeu o título sob o argumento de que o empresário Damião Benício dos Santos presta serviços relevantes à sociedade imperatrizense.
“Todas as pessoas que prestam bons serviços à comunidade merecem essa honraria quando a Câmara reconhece. É uma pessoa de nossa comunidade, que sempre trabalhou, lutou. É um pioneiro. Já até recebeu o título de super-secretário por trabalhar muito. Um pai de família íntegro. Constrói, hoje, muitas casas e vende, negocia. A meu ver, ele foi merecedor como qualquer cidadão que queira se destacar”, justificou João Silva.
Já o vereador Aurélio Gomes, que votou contra a proposta, discorda da matéria defendida por Silva. Na opinião de Aurélio, o empresário Damião Benício dos Santos não prestou serviços que justificassem a honraria.
“O título é para quem prestou ou presta serviços relevantes para Imperatriz, e essa pessoa não presta e nunca prestou serviços relevantes na cidade, então, por isso, votei contra”, explica o vereador Aurélio.
Votos
Estiveram presentes na sessão desta quinta-feira (16), 14 dos 21 vereadores que representam os cidadãos imperatrizenses.
Os que votaram contra a indicação do título foram os vereadores Hamilton Miranda, Caetana Frazão, Aurélio Gomes, Carlos Hermes, José Carneiro, o Buzuca e Esmerahdson de Pinho.
Votaram a favor os vereadores: Antônio Silva Pimentel, Raimundo Roma, Terezinha Soares, Eudes Feitosa, João Silva, Francisco Rodrigues da Costa, o Chiquinho da Diferro, José Rodrigues da Silva, o Zé da Farmácia e Antônio José.
Caso Renato Cortez Moreira
Renato Cortez Moreira foi assassinado aos 59 anos de idade, por volta das 6h30, de 6 de outubro de 1993 em uma das esquinas mais movimentadas do Mercado Municipal Bom Jesus, localizado próximo à sua casa, na Rua 15 de Novembro, bairro Cidade Velha. No local da execução, onde o então gestor de Imperatriz fazia compras, a autoridade política foi homenageada com fotografia, e uma placa, cuja inscrição denuncia o caso como uma ação violenta do crime organizado da Região Tocantina.
A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) anunciou, em 2011, o júri popular de Damião Benício dos Santos e Ronaldo Machado Arantes. Confira o processo judicial aqui.
Segundo a ação penal, Geraldo Hipólito da Silva, também, denunciado à época, teria dito que Damião Benício, Ronaldo Machado e outro denunciado teriam planejado a execução do crime em várias reuniões realizadas no interior de sua empresa. O terceiro acusado não teve seu nome incluído no júri popular por falta de indícios de sua participação no crime.
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