Aniversário de Imperatriz

Imperatriz tem crescimento, mas sem desenvolvimento

A cidade passa por um momento de releitura econômica e social.

Jefferson Sousa / Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h52
 (Foto: Rosana Barros)
(Foto: Rosana Barros)

IMPERATRIZ – Imperatriz, que completa 162 anos de fundação hoje (16), passa por um momento de releitura nos setores econômico e social. Alvo de diversas indústrias e sede de algumas delas, a cidade está crescendo, porém, sem desenvolvimento, como destaca o economista e mestre em desenvolvimento regional, Robson Saraiva.

“Às vezes as pessoas confundem muito a questão de crescer e desenvolver. Crescimento é das bases econômicas, dos setores primário, secundário e terciário. Em questão a desenvolvimento, são questões estruturais como qualidade de vida, saneamento, esgoto, água, etc. Observa-se que em Imperatriz está precária. Melhorou um pouco, mas ainda é precária”, conta o economista.

Como reflexo desse crescimento, a cidade é considerada um polo universitário, contando com mais de quarenta cursos, divididos entre universidade públicas e particulares, além das faculdades presenciais e à distância.

Setores

O historiador Adalberto Franklin explica que, apesar do crescimento no setor de bens e serviços, a cidade precisa se projetar para o futuro, voltando seus recursos na produção de mão de obra especializada.

“Área dos serviços especializados é o grande potencial de Imperatriz. Mais de 85% da riqueza vem do terceiro setor, 14% indústria e 1% agricultura e pecuária para o Produto Interno Bruto (PIB) de Imperatriz. O que deixa bens em longo prazo é o setor da inteligência, para não ser preciso extrair matéria prima. Quanto mais Imperatriz investir na área do conhecimento da pesquisa, mais ela vai se projetar para o futuro” afirma.

Turismo empresarial

De acordo com o economista Robson Saraiva, Imperatriz é vista como uma cidade de “turismo empresarial”. Isso significa dizer que a região possui riquezas necessárias para oferecer suporte às empresas que visam se instalar aqui, mas, para que essas empresas possam vir, é importante atentar ao desenvolvimento.

“Da mesma forma que as indústrias veem nossas potencialidades, elas veem nossas fragilidades. E as fragilidades são preocupantes. Temos caos no transporte e mobilidade urbana. A questão do abastecimento ainda é precário. A drenagem melhorou, mas ainda é precário em alguns bairros”, ressalta o especialista.

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