Comissão Camponesa da Verdade realiza entrevistas em ITZ

IMPERATRIZ – Representes da Comissão Camponesa da Verdade (CCV), chega a Imperatriz, na tarde desta sexta-feira (15), para realizar uma série de entrevistas com parentes de líderes camponeses que sofreram repressão e tortura no meio rural no período da Ditadura Militar na região Tocantina. Um dos principais depoimentos é do líder camponês Manoel da Conceição, que foi exiliado e torturado por militares.

O representante da CCV no Maranhão, o jornalista e historiador Adalberto Franklin, diz que a missão da comissão é fazer os levantamentos sobre violência, torturas e mortes de camponeses durante o regime militar brasileiro (1964-1985) na Região Tocantina.

“Como o próprio nome diz, a Comissão Nacional da Verdade, por meio da CCV, tem a função de resgatar a verdade histórica de líderes e trabalhadores rurais vítimas da Ditadura Militar, e esclarecer para o país os fatos. Além de ser uma possibilidade de gerar ações como indenizações para estas pessoas”, afirmou.

A CCV ficará na região até o dia 17 de novembro realizando uma série de entrevistas que serão realizadas pelas as pesquisadoras Raíssa Wihby e Maria Rita Kehl.

Programação

A programação inicia na manhã deste sábado (16), com uma entrevista coletiva, no campus da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) de Imperatriz. Na ocasião, os trabalhos de depoimentos, segundo Adalberto Franklin, serão abertos ao público, para que a comunidade tenha conhecimento histórico das torturas sofridas por estes líderes.

No domingo (17), estão agendados os depoimentos de Denise, esposa de Manuel da Conceição, e Manoelzinho, filho do líder camponês.

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