Dia das Crianças

Especialista explica como cuidar de crianças com problemas mentais

"Quando os pais tem um filho com problemas é preciso descobrir a grandeza que a criança tem."

Diana Cardoso/Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 12h02

IMPERATRIZ- Neste 12 de outubro comemora-se o Dia das Crianças, apesar da data as crianças deveriam ser lembradas todos os dias sempre fazendo com que elas se sintam amadas e respeitadas pela família, como lembra a assistente social, Marlene Lima. A especialista ressalta que os pais são de suma importância na vida dos filhos, principalmente daqueles que apresentam problemas mentais.

“Para um desenvolvimento feliz os pais devem amar e cuidar dos filhos e não trata-los com indiferenças, porque isso pode afetar psicologicamente a vida da criança. Os pais não devem duvidar que o seu filho possa ter algum problema e sim buscar ajuda para saber como lidar com a situação”, explica a assistente social Marlene Lima.

O Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil (CAPSIJ II) de Imperatriz atende diariamente 70 crianças com problemas mentais, sendo em média 400 a 500 mensal. E segundo a assistente social, buscar atendimento no CAPS também é um ato de cuidado e o perfil das crianças que são atendidas na instituição é bastante variado.

“As crianças que recebem atendimento no CAPS são as vezes criadas por avós. Na construção de sua infância não tiveram bem claro a construção da autoridade da família, ou foi criada pelos tios, avós e as vezes convivem num ambiente de violência doméstica,” afirma Marlene Lima.

A assistente social lembra ainda, que a criança que tem algum problema mental, apresenta habilidades que podem ser trabalhadas pela família. “É um trabalho muito encantador as vezes a criança não consegue ler e nem escrever pelo transtorno, mas organiza financeiramente a vida da mãe. Mamãe não compre isso, você não tem dinheiro, como vai pagar. Estas crianças têm determinadas limitações, mas outras habilidades que precisam ser trabalhadas”, ressalta.

Para a dona de casa, Gilvânia Nascimento Lima, que tem uma filha de 11 anos com problemas mentais, a filha é tratada com muito amor e significa muito para a sua vida. “Tem que ter paciência, é minha filha única, foi criada com minha mãe, mas eu acompanhei bem de perto. Ela é bem inteligente, já aprendeu a ler e escrever o nome dela, é tratada com carinho, amor e afeto”, afirma.

“A coisa mais importante é a afetividade, quando os pais têm um filho com problemas mentais eles precisam descobrir a grandeza que o filho ou filha tem”, lembra a assistente social Marlene Lima.

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