BURITICUPU – Durante a próxima sexta-feira (28), um membro do Fórum de Políticas Públicas e Conselheiro Tutelar de Buriticupu estará em Washington (EUA) para defender os direitos das crianças, adolescentes e dos trabalhadores rurais do Maranhão. Alaíde Silva vai representar os moradores do interior do Estado que sofrem os impactos decorrentes da mineração.
A audiência será a partir das 11h15 (horário de Brasília) e é organizada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA). O evento busca cobrar do Estado brasileiro as ações de segurança na instalação de grandes empreendimentos.
As organizações Justiça Global, Justiça nos Trilhos, Associação Interamericana para a Defesa do Meio Ambiente (AIDA), International Rivers, Terra de Direitos e Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos compõem o grupo que solicitaram a realização da audiência.
Na ocasião, as entidades apresentarão uma denúncia de que o Estado brasileiro está violando o direito ao acesso à justiça das pessoas impactadas por grandes projetos de desenvolvimento, ao permitir a suspensão dos efeitos das decisões judiciais contrárias a esses empreendimentos, por meio da "suspensão de segurança".
A programação da audiência conta de vinte minutos iniciais para as entidades que estarão acusando o Estado brasileiro. Nesse momento será incluído o testemunho de Alaíde Silva, que estará representando a Rede Justiça nos Trilhos.
Ele apresentará os problemas que as comunidades impactadas pela duplicação da Estrada de Ferro Carajás sofrem, como falta de informações sobre o andamento das obras, dificuldade de participação nas audiências públicas, dentre outros.
"Não vamos desistir. Vamos recorrer a todas as instâncias possíveis e ir onde tiver que ir em defesa dos direitos dessas pessoas. São muitas vidas perdidas em vão. Isso tem que acabar e alguém tem que ser responsabilizado", denuncia Alaíde Silva.
Dentre os empreendimentos que serão destacados na audiência está a duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC), nos Estados do Maranhão e Pará. As obras de duplicação da EFC ficaram paralisadas por ordem judicial entre 30 de julho e 15 de setembro de 2012 e, segundo o advogado da Rede Justiça nos Trilhos, podem ser paralisadas novamente, a partir desta audiência. Há recursos pendentes em Brasília prontos para serem julgados e uma desembargadora já proferiu voto a favor das comunidades.
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